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Saúde EDIÇÃO 39 - AGOSTO 2010

Saúde do homem no alvo


Eles ainda têm dificuldade em ir ao médico, LINDA dá uma mão mostrando um pouco das três doenças mais frequentes nos homens

A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. A cada cinco pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, quatro são homens. Homens vivem em média sete anos menos que as mulheres. Sabe por quê? Porque o homem não cuida da própria saúde”. Essas estatísticas alertadas na campanha do Governo Federal para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem assustam, mesmo assim, os homens ainda têm dificuldade em procurar um médico. Enquanto as mulheres aprendem, desde cedo, que é preciso ir regularmente ao ginecologista, eles são criados sem esse hábito. Está explicado porque os números são alarmantes.
De acordo com o urologista Tadeu Gomes, 59 de idade e 32 de profissão, como consequência dessa negligência com a própria saúde, muitos homens sofrem com males que poderiam ser evitados caso houvesse atitudes preventivas. "Se esperar os sintomas aparecerem - independente da doença -, a chance de cura estará reduzida. O melhor tratamento é sempre a prevenção. É mais barato e mais eficaz", alerta. A pedido de LINDA, o urologista listou as características das três doenças que mais afetam os homens.



Disfunção erétil

Conhecida também como impotência sexual, é a impossibilidade do homem atingir ou manter uma ereção suficiente para ter uma relação sexual. Estatísticas mostram que 52% dos homens com idade entre 40 e 70 anos apresentam algum grau de disfunção, entretanto ela pode aparecer em qualquer idade. Ao contrário da crença popular, os fatores psicológicos não são a principal causa da disfunção. Acredita-se que estes sejam apenas 10% dos casos. Os outros 90% são originados por fatores orgânicos, geralmente relacionados com má circulação sanguínea ou insuficiência vascular. Para saber se tem disfunção erétil fique atento aos sintomas: dificuldade para atingir ou manter uma ereção em um a cada quatro encontros sexuais satisfatórios, manter a ereção está implicando em fazer um esforço consciente ou as ereções espontâneas de manhã são menos frequentes e com menor rigidez. “Quando aparecem os sintomas é hora de buscar ajuda especializada. O tratamento dependerá da causa do problema”, ressalta o urologista.



Câncer de próstata

O câncer de próstata é o sexto câncer mais comum no mundo e é o segundo mais comum no homem, tanto que representa 29 % de todos os cânceres diagnosticados em homens a cada ano. Apesar dos dados apontarem para a necessidade de prevenção, o câncer de próstata ainda é um grande tabu. De acordo com o urologista, todos os homens a partir dos 50 anos devem visitar o médico uma vez ao ano para realizar o toque retal e a dosagem do PSA, exame sanguíneo que pode indicar a presença da doença. Quando houver uma história familiar de câncer da próstata, os exames prostáticos devem ser realizados a partir dos 45 anos.
Segundo Tadeu, não existe uma causa bem definida. Os possíveis fatores de riscos são: genéticos e relacionados à dieta - rica em gordura animal ou dieta com baixo teor de vegetais. Em casos suspeitos a biópsia é o exame que define o diagnóstico. Para os casos diagnosticados precocemente em que a doença está localizada na próstata, o tratamento se dá através de cirurgia e radioterapia. Nos casos de doença disseminada o tratamento de escolha é a hormonioterapia, feito a partir de medicamentos com a função de inibir a atividade dos hormônios que tenham alguma influência no crescimento de um tumor. “Aqui vale a mesma regra da prevenção, com ela há sempre mais chances de cura”, observa.




Andropausa



Conhecida como menopausa masculina, acontece pela diminuição gradual dos níveis sanguíneos da testosterona que acompanha o envelhecimento e que pode estar associado a uma significante diminuição da qualidade de vida dos homens. A prevalência deste distúrbio varia de 10 a 30% dos homens já na sexta década de vida. Entre os sintomas está o declínio da função sexual, perda da densidade mineral óssea, diminuição da força muscular, declínio da função neuropsicológica como dificuldade de memória e distúrbios metabólicos.
Esse quadro de sintomas é fundamental para o diagnóstico laboratorial com dosagem da testosterona no sangue que deve demonstrar baixos níveis desse hormônio. Quem está propenso a desenvolver? Todos os homens que atingirem a terceira idade. Por isso, a importância de procurar o médico a partir dos cinquenta anos ou mesmo antes se houver suspeita. “O tratamento é a base de reposição hormonal, mas deve ser discutido com o médico sobre a relação entre as vantagens e desvantagens”, observa o urologista. As possíveis consequências da andropausa são impotência sexual, ejaculação precoce, perda de memória e alterações no humor.









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