Sono serve como alimento para corpo e mente

Não faz sentido quando alguém diz que vai dormir menos para aproveitar o dia, um passeio ou uma companhia. É ilusão imaginar que subtraindo horas de sono se ganhará algo de bom por muito tempo. Dormir é tão importante como se alimentar, dizem os médicos. E o sono precisa ser completo, uma vez que se os processos metabólicos forem alterados, rapidamente o equilíbrio de todo o organismo estará em risco. Experimente dormir metade do que o habitual durante uma semana. O resultado pode ser assustador.
A insônia, problema que atinge em torno de 30% da população urbana do país, compromete a qualidade de vida e leva ao envelhecimento precoce. Quem dorme pouco ou mal – e não precisa nem ser durante muito tempo – tem dificuldades no estudo e no trabalho principalmente em decorrência da falta de concentração. O corpo cansa mais que o normal e fica vulnerável a problemas como hipertensão e diabetes. Até o risco da obesidade aumenta nas pessoas que dormem mal.

Isso ocorre porque é durante as horas de sono que são produzidos hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo. O do crescimento, por exemplo, é liberado na primeira fase do sono, aproximadamente meia hora depois de a pessoa dormir. Distúrbios do sono também inibem a produção de leptina – hormônio que controla a sensação de saciedade –, de insulina e até de melatonina, relacionada à longevidade.




Em geral um adulto precisa de sete a oito horas diárias de sono. Claro que há pessoas que conseguem dormir menos e mesmo assim ter um dia produtivo, mas não é isso que acontece com a maioria. Já uma criança precisa dormir pelo menos oito horas por dia. Quando bem pequenas a necessidade chega a 11 horas. Quando dormem menos do que o corpo precisa ou estão habituadas elas ficam irritadas, deixam de se alimentar bem e têm dificuldade de concentração.