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Saúde EDIÇÃO 06 - OUTUBRO 2007

Vacinas também para maiores


Ao contrário do que muitos pensam, cumprir um calendário de vacinas também é tarefa para adolescentes e adultos

 

Quando se fala em vacinas a primeira imagem que vem à cabeça é a de crianças. Motivados por esse falso conceito de que vacinação é somente uma etapa da infância, muitas vezes os adultos ignoram ou realmente não sabem que, assim como os baixinhos, também têm um calendário de vacinas a seguir. Como poucos cumprem essa tarefa, hoje grande parte dos brasileiros com mais de 12 anos está exposta a sérios riscos de saúde. Acreditar que está protegido porque foi vacinado quando criança é um erro, já que boa parte das vacinas existentes no mercado foram criadas recentemente.
Segundo a diretora da Vaccine, clínica particular especialista em vacinas, médica Adriane Tischler, 39 anos de idade e 11 de profissão, essa negligência pode custar caro. Na infância, um surto de catapora, por exemplo, dificilmente vai além da coceira, com febre, mal-estar e alguns dias de repouso. Já o mesmo problema se complica em um adulto, que pode ficar com seqüelas como marcas profundas na pele, infecções cutânea ou de ouvido, ter a perda da coordenação muscular e até edema cerebral. "Esses são alguns dos riscos, que aumentam quanto maior for a idade do paciente", explica a médica.
Como essa, outras doenças típicas dos primeiros anos de vida às vezes surgem mais tarde, com riscos maiores e conseqüências mais graves. Em adultos, o sarampo muitas vezes provoca pneumonia severa. A rubéola, quando atinge mulheres grávidas, pode causar de surdez à má-formação cardíaca no feto. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Cachoeira do Sul, enfermeira Marilice Dallagnol, 49 anos de idade e 26 de profissão, doenças como tétano hoje acometem praticamente só adultos.
“Quem tem até 30 anos deve ter recebido essa vacina na infância, mas quem já passou dessa idade está vulnerável a uma doença que pode até levar ao óbito”, observa. “A população tem que se alertar e vacinar, já que boa parte das vacinas podem ser feitas através do Sistema Único de Saúde (SUS)”, completa Marilice. O problema causado pelo conceito de que vacinas é somente para crianças está obrigando as autoridades a tomarem iniciativas.

 


Fique de olho

 

Vacina anti-obesidade

As pesquisas em busca de novas vacinas não param. Umas das que deverá ser lançada em breve é a anti-obesidade. Essa vacina atuará diretamente no hormônio grelina, que ajuda o organismo a controlar o peso como parte de um complexo sistema que regula a ingestão de alimentos e o consumo de energia. Estudos já estão sendo feitos também para desenvolver vacinas preventivas à dengue, Aids e malária.

 


As principais vacinas para adultos


Difteria e tétano
Deve ser tomada a cada 10 anos


Varicela (catapora)
Se o paciente não teve catapora na infância,
 deverá tomar o quanto antes. O esquema consta de duas doses com intervalo de dois meses.


Sarampo, caxumba e rubéola
Uma dose se não tiver sido vacinado na infância, mesmo nos casos em que ache que tenha tido algumas das três doenças mencionadas. Duas doses para pessoas com profissões de risco.


Gripe
Esta vacina deverá ser aplicada anualmente no início do outono, principalmente em pessoas portadoras de diabete, doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e outras doenças debilitantes em geral. Porém, qualquer pessoa pode receber a vacina.


Febre amarela
Obrigatória para quem for viajar para as regiões Norte e Centro-oeste do Brasil e países da América do Sul, África e Ásia. Essa vacina deverá ser sempre aplicada no mínimo 10 dias antes da viagem em crianças com mais de nove meses de vida e adultos em geral. Tem validade de 10 anos.


Pneumocócica
Uma dose com indicação médica a cada cinco anos. Deve ser aplicada especialmente em pessoas com mais de 60 anos de idade e para aquelas portadoras de diabetes, doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e outras doenças debilitantes em geral.


Hepatite A
Essa vacina é recomendável para pessoas que viajam para áreas onde a doença é muito freqüente, como o norte do Brasil e países tropicais subdesenvolvidos. Grupos de alto risco como crianças e adultos que vivem em creches, asilos ou prisões, homossexuais, usuários de drogas injetáveis, pacientes com doença hepática crônica, Aids ou doenças da coagulação também devem ser vacinados.


Hepatite B
Adultos não vacinados e que não tiveram a doença devem fazer a vacina, que está especialmente recomendada a pessoas que cuidam de pacientes, a profissionais da área da saúde, aos portadores do vírus C e pessoas com outras doenças hepáticas.

 






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