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Do amor ao sexo Edição 97 - novembro de 2015

O olhar dos enamorados

» Izabel Eilert (izabeleilert@terra.com.br)/psicóloga e terapeuta sexual


Aquele olhar de admiração um pelo outro, aquela capacidade que os apaixonados têm de enxergar o lado positivo no amado, de relevar o defeito, de minimizar as falhas. O que o outro faz é “sempre lindo!”.


Incrível como os olhos do amor veem de forma tão diferente dos olhos do cotidiano... Por exemplo, um apaixonado é capaz de achar lindo ser acordado de madrugada pelo seu amado, de receber um beijo com o corpo todo suado da academia e não se importar ou de ficar esperando no frio e dizer que não tem importância. Uma capacidade de ver o bom da situação e não o ruim, uma capacidade de minimizar o defeito do outro, uma condição de ver o lado bom do ser amado.

Sem entrar no lado físico da questão, de neurotransmissores que inundam o cérebro dos apaixonados de substâncias que dão ótimas sensações, vendo apenas pelo lado emocional das relações afetivas o quanto podemos aprender a agir como os apaixonados.


Basta nos darmos conta de que uma relação tem mais chance de dar certo, de ser leve, de ser melhor de se estar nela, quando somos capazes de ver o outro com bons olhos, quando o aceitamos como ele é e não como gostaríamos que ele fosse, quando elogiarmos mais que criticarmos, quando nos encantamos com coisas simples... Os enamorados fazem isso com muito mais facilidade.

Posso parecer estar dizendo o óbvio, mas os casais que conseguem manter esta forma de se relacionar, a da fase do apaixonamento, em seus anos seguintes têm uma convivência muito mais sadia e amorosa, toleram mais os defeitos um do outro, brigam menos e mantêm mais contato físico - se beijam com frequência, fazem sexo com regularidade, andam de mãos dadas... Poderia dizer que o “clima” do casal é bom.

Sabemos que em uma relação a dois o outro nunca vai superar todas as nossas necessidades e expectativas. Então, cabe a nós tornar esta relação fonte de felicidade (apesar dos defeitos) ou fonte de sofrimento (apesar das coisas boas). Nós é que decidimos como queremos que seja o “clima” do nosso relacionamento amoroso. Quiçá pudéssemos nos manter como se estivéssemos eternamente apaixonados, mas caso isto não ocorra, que possamos ao menos manter um clima de amorosidade e gentileza entre o casal.




"É interessante ver como, infelizmente, os casais perdem o olhar dos enamorados com o passar do tempo..."




Psicóloga e terapeuta sexual
 






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