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Do amor ao sexo Edição 81 - junho de 2014

O sexo do vizinho não é tão bom assim

» Izabel Eilert (izabeleilert@terra.com.br)/psicóloga e terapeuta sexual


Está longe de ser verdade que a maioria das pessoas é feliz e realizada sexualmente. Muitos sofrem com uma vida sexual pobre, sem prazer, sem desejo e com a ideia de achar que o vizinho, a amiga, o chefe, enfim, que os outros são muito felizes e ativos sexualmente e só ele não.

Quem está nesse grupo pode se acalmar. Segundo uma pesquisa realizada pela Durex Global Sex Survey, 51% dos brasileiros estão insatisfeitos com a sua vida sexual. A pesquisa diz ainda que 62% dos homens relataram dificuldades em manter a ereção e apenas 22% das mulheres conseguiam chegar ao orgasmo.

Ao contrário de tudo que possa parecer, ter uma vida sexual ativa e satisfatória é difícil, sim. Aquela ideia de que sexo é sempre bom, de que quem é jovem tem vida sexual ativa e de que quem se ama tem sexo bom não passa de uma idealização. A psiquiatra Carmita Abdo, que apresentou os resultados desta pesquisa, acredita que o grande problema da vida sexual dos brasileiros é a falta de comunicação.

A falta de dizerem o que gostam, como preferem ou suas dificuldades faz com que:

. As preliminares sejam poucas – 40% dedica no máximo 15 minutos a elas.

. O sexo seja rápido – 13% finaliza o ato em, no máximo, cinco minutos.

Manter uma vida sexual com qualidade e frequência numa relação de mais de dois anos não é nada fácil, porque o sexo não se mantém sem que se cuide dele. Claro que no período da paixão o sexo flui bem, pois se está pensando nele muito mais vezes por dia. Mas isso passa e o sexo na rotina do dia a dia tende a baixar e a desmotivar para uma próxima relação.

Então, para não fazer parte destes 51% de insatisfeitos, lembre-se que falar sobre o que gosta e o que não gosta pode ajudar muito. Sem aquele tom acusatório, por favor! Seja assertivo, comece elogiando algo que o(a) parceiro(a) faça que você curta na intimidade e depois comente o que não é tão bom assim. Se coloque também disposto a ouvir algo que o outro não esteja gostando e que você possa mudar. Se melhorar para um, pode melhorar para os dois.

Priorize o casal, tirando um dia para vocês, em que os filhos não estejam junto. O casal tem que ter momentos em que possam estar falando de coisas só deles, com toques e beijos que talvez não fizessem na presença dos filhos. Elogie também. Mostre que o outro te agrada. Elogio não “gasta”, não precisa ser econômico. Não venha com aquele “ele ou ela sabe disso”. Todos gostam de ouvir elogios e reconhecimento. Estreite os laços amorosos e não alimente as desavenças, que só afastam o casal e, mais ainda, este casal da cama.


 

"Ao contrário de tudo que possa parecer, ter uma vida sexual ativa e satisfatória é difícil, sim."



* Izabel é psicóloga e terapeuta sexual






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