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Entrevista EDIÇÃO 11 - MARÇO 2008

Sucesso merecido


Aos 35 anos, o cachoeirense Conrado Pêgas de Lima destaca-se profissionalmente como gerente de negócios internacionais de O Boticário. Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sua base iniciou no Colégio Barão do Rio Branco, onde cursou até o ensino médio. Afastado da cidade desde 1989, ele diz que o segredo do sucesso não é esperar que as oportunidades batam a porta e sim buscar a realização dos sonhos com muito trabalho e esforço. Conheça um pouco da carreira desse cachoeirense, filho do arquiteto e urbanista Augusto de Lima e da bibliotecária Lúcia Pegas de Lima.





Conrado: gerente de negócios internacionais de O Boticário








 

Fale um pouco sobre sua trajetória profissional. Qual a experiência mais interessante?
Minha trajetória profissional tem início na industria automotiva. Nos últimos 15 anos passei por empresas como Maxion Motores, John Deere, DaimlerChrysler e BMW. Tive oportunidade de trabalhar em vários países a serviço dessas empresas e por isso morei durante cerca de sete anos entre Argentina, Reino Unido e Estados Unidos, além das constantes viagens a países como Alemanha, China,  Rússia  e Índia. Toda essa experiência internacional foi muito interessante e despertou meu lado comercial de vendas e desenvolvimento de novos    negócios. Hoje me dedico com orgulho a isso em O Boticário, uma empresa 100% nacional.


Como foi se afastar da família e dos amigos para ir em busca do seu futuro profissional?
Foi uma escolha da qual não me arrependo. Sempre senti muito perder os encontros de família e os churrascos de domingo. Por outro lado, se não tivesse ido seria certamente uma pessoa incompleta hoje. Tudo na vida tem um preço, minhas escolhas não contrariaram a regra mas o saldo sempre foi positivo.


Como foram surgindo as oportunidades para crescer profissionalmente?
Para mim não surgiram. Eu sempre as busquei, as construí e conquistei com muita luta, persistência e perseverança. Sempre estive cercado de pessoas que acreditavam e investiram em mim e eu sempre acreditei nos meus sonhos. Sempre preferi ser ousado do que prudente. Na minha opinião os ousados criam as vias e abrem caminhos enquanto os prudentes simplesmente as percorrem.


Você é o responsável pelo processo de internacionalização de O Boticário. Como vê essa missão?
Sou um dos responsáveis por esse processo assim como muitos outros colaboradores da empresa. É um grande desafio. Como gerente de negócios internacionais responsável pelas áreas comercial e de operações vejo também mais uma oportunidade grandiosa de replicarmos lá fora uma história de 30 anos de sucesso no Brasil.


Antes de atuar em O Boticário você trabalhou em montadoras de automóveis fora do Brasil com salário muito mais alto do que o atual. Por que decidiu sair dessa área e voltar ao país?
Estive 15 anos neste ramo trabalhando em multinacionais e em vários países. Depois de praticamente sete anos fora do Brasil senti vontade de retornar. Todo o processo de repatriação envolve inevitavelmente uma readequação salarial aos níveis do mercado local. Não me arrependo da atitude que tomei.


Você precisou reduzir suas qualificações no currículo para obter uma colocação no mercado nacional. Isso é comum acontecer em casos como o seu?
Não se trata de reduzir. O currículo deve ser adequado ao que se busca, ao momento profissional e às realidades do mercado. O meu é atualizado seguindo essas premissas.


Muitos cachoeirenses pensam que por vir de uma cidade pequena não terão boas oportunidades para crescer profissionalmente. Para você, qual a receita do sucesso?
Sempre pude escolher para onde ir e tive a sorte de vir de uma família sólida, feliz e estruturada, que sempre me apoiou nas glórias e nas derrotas. Um pai rígido, mas patrocinador de todas minhas escolhas e que me ensinou que nada viria de graça; uma mãe que me ensinou a preservar a  sensibilidade e o sorriso num mundo tão duro; uma irmã que sempre soube ocupar minhas ausências e uma mulher amada que sempre me recebe de braços abertos. Esta tem sido a receita.



 

Conrado em frente a uma loja de O Boticário em Nova Iorque



"As oportunidades não surgiram. Eu as busquei, construí e conquistei."







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