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Entrevista Edição 65 - dezembro de 2012

JOSÉ OTÁVIO GERMANO


Deputado federal abre sua caixa preta


Se tem uma coisa a se orgulhar em Cachoeira do Sul é a quantidade de talentos que essa terra produz. Educação, saúde, cultura - em cada setor há representantes de sucesso. Na política, um dos cachoeirenses que brilha é o deputado federal José Otávio Germano (PP). Aos 50 anos, formado em Direito pela PUC-RS, ele tem em seu currículo um mandato como vereador na cidade, dois como deputado estadual - quando presidiu por dois anos o parlamento gaúcho, chegando a ser governador interino do estado por oito vezes durante o período de 1995-1996 - e três representando o povo na Câmara dos Deputados. Tudo isso lhe rendeu o título de personalidade mais influente de Cachoeira do Sul em pesquisa da Casa Brasil Editores publicada em janeiro deste ano.


Seu carinho por Cachoeira é notável. O colunista Armando Fialho Fagundes chegou a escrever: “Na história de quase 200 anos de Cachoeira, incluindo o período de João Neves, nenhum parlamentar alocou tantos recursos à cidade e instituições como o Zé Otávio...”. Esse esforço em prol da cidade se explica apenas pelo fato de ter nascido aqui?
“Não. Se explica basicamente por duas vertentes de pensamento. A primeira é que nutro o melhor e mais bonito por Cachoeira e por sua gente, que é o amor. E a segunda é a responsabilidade que tenho com a cidade na medida que, em meio a tanto descrédito que a política produz nos brasileiros, eu tenho a honra de produzir credibilidade junto aos cachoeirenses, o que me dá cada vez mais vontade de servir a minha terra”.



Falando em recursos, o Hospital de Caridade e Beneficência (HCB) foi seu grande apadrinhado nos últimos anos, com recursos oriundos de emendas na casa de R$ 6 milhões. Por que esse amor pelo HCB?
“O HCB é hoje uma referência estadual, não graças a mim, mas graças aos seus diretores e, especialmente, aos seus médicos, enfermeiros e funcionários, que são da melhor qualidade. Imaginem a tranquilidade das famílias em morar numa cidade como Cachoeira do Sul e poder contar com um hospital da qualidade do HCB. Não há dinheiro público mais bem aplicado do que cuidar da saúde das pessoas. Vou continuar, cada vez mais, ajudando o hospital, que não pertence a ninguém, mas que, ao mesmo tempo, pertence a todos nós, cachoeirenses”.



Muito já se especulou sobre uma possível candidatura a prefeito de Cachoeira do Sul e também a governador do RS. Quais são seus projetos para a carreira política?
“Meus projetos em política estão sempre relacionados a poder servir. Neste momento, a minha melhor condição de servir Cachoeira do Sul é como deputado federal”.



Como uma pessoa pública, sua vida pessoal gera muita curiosidade. Quais são seus projetos pessoais?
“É continuar sendo um bom deputado federal. Não sou homem de projeto pessoal. Faço política de grupo, sempre. Na vida pessoal, sou separado e tenho duas filhas lindas, Luana, estudante de Direito, e Alice, que está concluindo o ensino fundamental”.



Em 2008, o senhor foi acusado de fazer parte de um esquema de corrupção no Detran/RS. Toda essa polêmica arranhou sua imagem política?
“Quando estive pronto para ser candidato a governador, sofri uma série de denúncias que fizeram com que eu ficasse três anos me defendendo e, no final, não tenho nenhum tipo de condenação. Ao contrário, obtive em 2010 o que alguns não acreditavam, a mais importante vitória que tive nas urnas. O sonho de ser governador teve que ser adiado, mas não foi cancelado. Cachoeira já teve dois vice-governadores, João Neves e Octávio Germano, e ainda vai ter um governador”.



No próximo ano, o senhor completa 25 anos de política. Olhando para trás, como avalia sua trajetória política? Ter concorrido a vice-governador do RS, sem sucesso, em 1998, foi um erro?
“Não foi um erro. Quando se concorre em eleição majoritária, nunca se erra. Perdemos a eleição por 0,2%. Tenho certeza de que, se tivéssemos ganhado, o Rio Grande do Sul estaria muito melhor hoje. Entretanto, aprendi muito mais quando perdi do que quando ganhei. Avalio minha trajetória como muito positiva, pois em 1986 meu pai, Otávio, e meu tio Geraldo não conseguiram vencer as eleições para deputado estadual e deputado federal. Recomecei a trajetória de minha família em 1988, quando Cachoeira me fez o vereador mais votado. A partir daí, exerci quase todas as funções públicas”.



 






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