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Reportagens EDIÇÃO 47 - MAIO 2011

Um silêncio que incomoda


Muitos pais preocupam-se com a demora do filho em falar, mas cada criança tem seu tempo

Ao nascer as crianças se comunicam através do choro, a partir daí, a linguagem acompanha as etapas do crescimento. Primeiro os balbucios, depois os sons de vogais e sílabas e a partir de um ano de vida começam a surgir as primeiras palavras com sentido. O problema surge quando essas etapas custam a chegar e o silêncio dos pequenos se torna um motivo de preocupação para os pais. De acordo com a fonoaudióloga Gabriele Donicht, 30 anos de idade, sete de profissão, cada criança tem seu ritmo e mesmo que algumas demorem mais a conseguir falar, a busca por ajuda profissional só precisa ser feita se após os dois anos de idade a criança ainda não conseguir pronunciar nem frases simples, como “dá papa”.
“Mesmo sem notar dificuldades na fala, o papel dos pais é sempre estimular que o filho consiga se expressar através de palavras”, observa. Por exemplo, fazer com que a criança coma alimentos sólidos já é um começo, pois assim ela irá exercitar os músculos faciais para que a fala saia correta e o som nítido. “Buscar a avaliação do pediatra, de um fonoaudiólogo ou até psicólogo é muito importante para auxiliar no desenvolvimento das crianças que têm dificuldade, entretanto, a demora na fala não precisa ser vista como um motivo de grande preocupação, na maioria dos casos um tratamento leve e acompanhamento profissional já resolve o problema”, explica Gabriele.


Gabriele: estimulação dos pais é fundamental para a fala das crianças



Como os pais podem estimular a fala


1.
Falar com o bebê durante o banho, a troca de roupas e a alimentação dizendo-lhe, por exemplo, os nomes das partes de seu corpo que estão sendo tocadas.
 
2. Falar corretamente. Não existe uma língua para bebês e outra para adultos, por exemplo, diga "vamos tomar o mingau" e não "dá, dá gagau”.
 
3.
Demonstrar que cada objeto tem seu nome e significado.
 
4.
Não falar na terceira pessoa. Diga "me dá um beijo?" e não "dá um beijo na mamãe”.
 
5.
Aceitar os gestos e mímicas como formas de expressão e de intenção, não exigindo só a palavra expressa.
 
6. Não ficar solicitando que a criança repita uma palavra que aprendeu porque você quer mostrar aos outros que ela acaba de aprender uma nova palavra. Aja com naturalidade a cada descoberta de uma nova aquisição verbal percebida.
 
7.
Não canse a criança: há momentos em que, simplesmente, ela não está a fim de falar.
 
8. Evite corrigi-la com agressividade. Se ela pronunciou de modo errado uma palavra, repita-a com discrição de modo correto. Por exemplo, se pede "aba", diga-lhe "tomar água?", pronunciado de modo calmo e pausado.
 
9. Quando a criança estiver contando algo, trate somente de ouvir, não interrompendo para corrigi-la ou tentando colocar "palavras em sua boca". Deixe-o construir livre e tranquilamente seu universo verbal.
 
10. A criança vai conseguir falar o R (som fraco) e o Pl e Pr na faixa etária dos cinco anos de idade. Até lá tenha paciência e não repita as palavras erradas por achar bonitinho. Repita a palavra certa.
 
Fonte:
fonoaudióloga Gabriele Donicht



Caso de gagueira
De acordo com a fonoaudióloga Gabriele Donicht, a criança até os cinco ou seis anos de idade pode gaguejar, pois está tentando falar corretamente. Entretanto, se após o início da vida escolar, ela continuar gaguejando é hora de observar o comportamento e buscar ajuda de uma fonoaudióloga.





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