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Reportagens Edição 03 - JULHO/2007

Mãe, fui!


Estudar e trabalhar no exterior não é tão difícil.
É só seguir o caminho dos nossos conterrâneos


Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo, diferenciar-se é a palavra chave para profissionais com visão num futuro globalizado, onde possuir boa formação acadêmica tornou-se mero requisito básico. Estudar por algumas temporadas em outros países tem sido uma das alternativas mais buscadas pelos jovens que querem acrescentar valor ao seu currículo. E as alternativas para concretizar o desejo de adquirir qualificação, fluência em um segundo idioma e ainda experiência de vida são muitas e cada vez mais acessíveis.


Bruna: depois de aperfeiçoar seu inglês, a estudante está cursando MBA em marketing


Além dos tradicionais intercâmbios oferecidos pelas universidades, hoje existem empresas direcionadas à área de intercâmbio educacional que levam pessoas de todas as idades para estudar ou até mesmo estagiar e trabalhar no exterior. Essas agências realmente facilitam tudo, ajudam na escolha da escola e do curso de acordo com seu perfil, intermedeiam todo o processo de inscrição (incluindo os pagamentos no exterior), dão apoio em caso de problemas e além disso conhecem as escolas e os preços são tabelados. Mas no caso de contratar uma empresa, é preciso tomar cuidado para não colocar o "carro na frente dos bois". Antes de escolher o destino, coloque no papel quanto pode gastar. Além dos custos com passagem aérea, acomodação e taxas da escola, você precisará de dinheiro para sua alimentação, transporte, passeios e excursões extras.
Preocupada com seu futuro profissional, a cachoeirense Bruna Maccari, 23 anos, optou por passar uma temporada de sete meses em Nova York para aperfeiçoar seu inglês e assim acrescentar um diferencial na sua formação acadêmica. "Fiz cursinho durante cinco anos, mas senti que precisava aprender a falar fluentemente se quisesse garantir uma boa oportunidade de emprego, então optei por esse investimento", observa. Bruna viajou através de uma dessas agências especializadas em oferecer pacotes para estudantes que buscam qualificação. Para não tornar o investimento muito alto, ela optou por se hospedar em uma casa de família, uma das alternativas mais buscadas pelos estudantes, pois além de ser mais barato que a hospedagem em um hotel ou pensão oferece o convívio direto com a cultura local.
A estudante, que trancou a faculdade de Administração no sétimo semestre, avalia positivamente sua decisão, motivada pela crença que investir em educação rende lucros a longo prazo, como projeção profissional e pessoal. Durante o período que esteve fora, além de estudar, ela trabalhou em uma agência de empregos e em uma imobiliária para auxiliar nas despesas da viagem. "O tempo de convivência no estrangeiro, com outras formas de encarar a vida, abriu muito minha cabeça. Tive que aprender a me virar sozinha, com isso adquiri   mais independência", comenta. De volta ao Brasil, Bruna concluiu seu curso superior e hoje está fazendo MBA em Marketing. "Todo esse esforço com certeza me renderá melhores oportunidades do que àqueles que somente possuem nível superior", comenta. Além de estudar, Bruna está trabalhando na administração de um hotel em Porto Alegre.


Cachoeirenses aproveitam programas universitários para viajar


As seleções para participar de intercâmbios oferecidos por grande parte das universidades são uma boa alternativa para quem não quer, ou não pode, gastar muito com especializações. As exigências fundamentais geralmente são dominar o  idioma do país que pretende viajar e possuir bom histórico escolar. Aluno do nono semestre de Odontologia, Tobias Rauber Spuldaro, 22, já soma duas experiências no exterior. Em 2000, ele morou um ano na cidade de Philipsburg, na Pennsylvania (EUA) através de um programa do Rotary. Hoje, ele está cursando Odontologia na cidade de Tübingen, no sul da Alemanha, através de um sistema de intercâmbio da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), onde já estava cursando o nível superior.
Tobias está na Alemanha desde fevereiro deste ano e seu retorno a Cachoeira do Sul está previsto para 2008. "Sou o primeiro brasileiro a fazer a faculdade de Odontologia aqui em Tübingen. Como já cursei quase todas as disciplinas no Brasil, aqui só estou fazendo as optativas que não têm na graduação. Elas serão contadas no currículo como disciplinas auxiliares", comenta. Na Alemanha, Tobias também já trabalhou em um restaurante como auxiliar de cozinha, mas precisou parar, para se dedicar exclusivamente aos estudos. Para garantir sucesso na carreira profissional, o estudante já domina os idiomas alemão, inglês, espanhol e italiano, além do português.
O cachoeirense André Pacheco Lima, 23, também está estudando no exterior graças a um intercâmbio estudantil. Ele, que está morando desde setembro em Saint-Etienne, na França, estava cursando o sexto semestre de Engenharia Mecatrônica na PUC/RS quando foi selecionado para participar de um programa de intercâmbio entre faculdades de Engenharia do Brasil e da França. Com retorno ao Brasil previsto para a primeira quinzena de julho, o estudante revela que essa temporada na França atingiu todas as suas expectativas. "Tive uma grande experiência de vida. Conheci outros lugares, outras pessoas, outra cultura e realidade bem diferente do Brasil", observa.



André: temporada na França para dar seguimento ao curso de Engenharia Mecatrônica


Tobias: segundo intercâmbio de estudos


Clubes de Rotary são uma porta para o exterior


Os clubes de Rotary também podem ser uma boa alternativa para quem quer estudar fora do Brasil. Através de intercâmbios com países de todo o mundo, eles encaminham jovens para estudar e ainda providenciam casas de família para morarem. Qualquer estudante com idade entre 15 e 19 anos pode procurar um dos Rotary de Cachoeira do Sul e buscar informações sobre como participar. A próxima prova de seleção acontecerá no dia 15 de setembro. A exigência fundamental para ser aprovado é saber ler e falar o inglês, língua oficial desse programa de intercâmbio.


Comece unindo o útil ao agradável


. Para transformar uma temporada de estudos no exterior em uma experiência que realmente valha a pena, você deve começar escolhendo o local onde quer estudar. Para isso vários fatores devem ser analisados com calma para garantir o investimento, o tempo, a oportunidade e a sua satisfação.
. Tente imaginar os motivos que o fazem escolher uma cidade na Europa, na Ásia, na Oceania ou na América do Norte. Deve considerar também a cultura e costumes, o clima, o tipo de curso e sua duração, o tamanho da cidade e, sem dúvida, os custos que a combinação de tudo isso pode resultar no seu bolso.
. Quem vai fazer graduação ou pós deve identificar se o país possui boas escolas no campo de estudos de seu interesse. A Suíça, por exemplo, é reconhecida pelas excelentes escolas de hotelaria e gastronomia, enquanto a França e a Itália contam com renomadas escolas de artes e humanidades. Os Estados Unidos, por sua vez, são o local ideal para quem quer estudar física, computação, matemática e ciências de forma geral.


1º passo: Quem está interessado em estudar no exterior deve se encaminhar ao consulado do país em que pretende ficar. Lá eles terão todas as informações sobre as universidades. A única exigência fundamental é dominar o idioma do lugar. O estudante não será aceito sem comprovar que sabe ler e escrever também o idioma.






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