Um lar de verdade
Cátia Aparecida Marques é enfermeira há 11 anos e responsável técnica do residencial.
A importância do afeto nos residenciais para idosos
Envelhecer é um processo natural da vida, e junto com ele nasce também a necessidade de repensar os espaços que acolhem essa fase tão singular. Mais do que estruturas seguras e acessíveis, os residenciais para idosos precisam transmitir afeto, pertencimento e cuidado aos moradores.
São nesses lugares que os vínculos, muitas vezes fragilizados ao longo dos anos, passam a florescer novamente. E com isso surge um importante compromisso: prezar pela dignidade e pela felicidade de quem já viveu tanto. “Os laços são construídos no dia a dia, com carinho, escuta e presença. Por isso, valorizamos a história de vida de cada pessoa, respeitando suas individualidades e incentivando conexões reais”, afirma Cátia Aparecida Marques, 52, enfermeira e proprietária de residencial.
A construção da convivência
Embora compartilhem a mesma casa, os laços afetivos, muitas vezes, não se criam da noite para o dia. São necessários momentos de troca e o incentivo de uma convivência saudável entre os moradores para que os vínculos sejam estabelecidos. Rodas de conversa, oficinas criativas, grupos de leitura, música, dança, culinária e jogos são ferramentas que podem ajudar nessa tarefa.
“Já vimos amizades que começaram numa tarde de pintura e se transformaram em laços profundos, de apoio e companheirismo. Tivemos até um casal que se conheceu durante uma oficina de música e hoje compartilha a vida juntos”, conta.
Para que esse senso de comunidade seja construído, é importante o olhar atento de uma equipe qualificada e que ofereça atendimentos individualizados, de acordo com a necessidade de cada idoso. “É preciso ter muito amor, empatia e dedicação. Estar sempre por perto para ouvir, ajudar e conversar, e incluí-los nas decisões do dia a dia. Tudo isso são formas de fortalecer o sentimento de que eles pertencem àquele lugar”, destaca Cátia.
EDIÇÃO IMPRESSA
BUSCADOR