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Reportagens Edição 200 - Maio de 2025

Jogo de cintura


Sanny Azambuja tem formação em Coaching e trabalha com foco na saúde emocional no ambiente profissional

Aprenda a lidar com colegas de ego inflado no trabalho

 

Não é arriscado afirmar que quase todo mundo tem aquele colega de trabalho “difícil de lidar”. Geralmente, esse tipo de pessoa tem comportamentos, atitudes e padrões de relação que interferem negativamente na dinâmica da equipe e nos objetivos coletivos – afetando, inclusive, a saúde emocional das pessoas que convivem ao redor. 

 

Sanny Azambuja, 33, é psicóloga clínica há 10 anos e especialista em Gestão de Pessoas e Terapia Cognitivo-Comportamental. Para ela, ser “difícil” não é sinônimo de ser “ruim” ou “improdutivo”. “Muitas vezes, essas pessoas podem ser altamente competentes tecnicamente, mas carecem de recursos emocionais e sociais para conviver em equipe”, destaca.  

 

Os 4 perfis mais comuns: 

Controlador: centraliza decisões, desconfia dos outros, tem dificuldade em delegar, costuma ser perfeccionista e intolerante com erros. 

Fofoqueiro: espalha boatos, distorce informações e semeia intrigas para se manter relevante. 

Preguiçoso: procrastina, faz o mínimo possível e não toma iniciativa. 

Crítico: critica tudo e todos, raramente propõe soluções, usa sarcasmo e descrença como escudo, afasta e desmotiva os colegas. 

 

Por que esses comportamentos geram tantos conflitos?  

A psicóloga explica que, no trabalho, as pessoas buscam mais do que salário; elas querem pertencimento, reconhecimento e respeito. É por isso que quando alguém adota um comportamento difícil, o grupo todo entra em estado de alerta.  

 

“A base da convivência profissional é a previsibilidade emocional, e perfis instáveis, manipuladores ou agressivos quebram o ‘contrato psicológico silencioso’ de respeito e colaboração esperados para este ambiente. Isso gera um efeito cascata composto por medo, defensividade, silêncios e conflitos velados”, diz. 

 

Mas como ter certeza de que o problema está no outro? 

Sanny defende que “pessoas difíceis” tendem a repetir comportamentos disfuncionais com várias pessoas e em diferentes contextos. Por isso, ela sugere que seja feita uma autorreflexão. Questione-se: “Isso só me incomoda quando estou mais sensível, ansioso, sobrecarregado ou é algo recorrente?”. “Todo mundo da equipe tem dificuldades com essa pessoa, ou só eu?”. 

 

“Quanto mais conseguimos nomear o comportamento em vez de rotular a pessoa, mais próximos estamos de uma percepção justa. Afinal de contas, nem tudo que me incomoda está no outro. Mas quando há um padrão repetido de comportamentos disfuncionais, reconhecido por mais de uma pessoa, com impactos negativos no grupo, é bem provável que estejamos lidando com um perfil difícil, e não apenas com um viés individual”, enfatiza. 

 

Estratégias para manter o emocional em dia 

- Estabeleça limites com gentileza e firmeza. Limites claros reduzem a sensação de invasão emocional e ajudam a conter comportamentos disfuncionais. Não tente convencer, salvar ou mudar o outro a qualquer custo. 

- Sempre respire fundo antes de reagir (literalmente!). Uma pausa muda a rota da emoção. 

- Não entre em jogos de manipulação emocional. Proteja sua integridade!  

- Pratique atividades que aliviam o estresse acumulado, como exercícios, terapia, meditação e escrita reflexiva. 

- Cultive relações saudáveis fora do contexto profissional e, se possível, reduza o tempo de exposição direta à “pessoa difícil”.  

- Busque suporte ao falar com líderes, colegas de confiança ou o setor de RH, quando o comportamento ultrapassar os limites do aceitável. 






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