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Reportagens Edição 197 - Janeiro e Fevereiro de 2025

Parece aqui, mas é ali


“Além de aliviar o desconforto, a osteopatia busca a raiz do problema para eliminar a dor”. Bruno Dittberner

Nem sempre a dor vem de onde pensamos


Você já sentiu dor em uma região do corpo e, ao consultar com um especialista que pensava ser o ideal para aquele problema, foi surpreendido com um diagnóstico bem diferente e, até mesmo, inusitado?

 

Segundo Bruno Dittberner, 33, fisioterapeuta com especialização em Osteopatia, isso tem uma explicação: “Dores são mensagens do nosso corpo, mas nem sempre o problema está exatamente onde sentimos o incômodo. Muitas vezes, uma dor em uma região pode ter causa em outra área, devido a um fenômeno chamado ‘dor referida’ ou compensações corporais”, afirma. Ele cita os quatro exemplos mais comuns:

 

Dor no ombro X problemas no fígado

Quando o fígado está disfuncional, ele estimula o nervo frênico, que conecta o fígado e o diafragma à região do ombro. “O cérebro pode interpretar essa estimulação como dor no ombro, embora a origem seja no fígado, revelando um problema interno em um local distante da sua causa real”, diz.

 

Dor lombar X problemas intestinais

A relação entre lombalgia (dor lombar) e disfunções intestinais é comum devido às conexões neurológicas, vasculares e fasciais entre a coluna lombar e o intestino. Disfunções intestinais, como constipação ou síndrome do intestino irritável, podem gerar tensão nos ligamentos que conectam o intestino à coluna vertebral, afetando a mobilidade da lombar. Conforme Bruno, liberar essas tensões e melhorar a circulação e o movimento nas regiões afetadas pode aliviar tanto a lombalgia quanto a disfunção intestinal.

 

Cefaleias e enxaquecas X cervical

Cefaleias e enxaquecas podem estar ligadas a problemas na coluna cervical, especialmente nas vértebras superiores. Quando estão desalinhadas ou tensionadas, elas irritam os nervos e afetam a circulação sanguínea, irradiando dor para a cabeça. Além disso, a tensão muscular crônica no pescoço e ombros, comumente causada por má postura ou estresse, agrava o quadro, comprimindo ainda mais nervos e vasos da região cervical. Nesses casos, o tratamento da cervical pode aliviar a dor e reduzir a frequência das crises.

 

Refluxo gastroesofágico X diafragma

O diafragma possui uma abertura chamada hiato esofágico, por onde o esôfago passa e se conecta ao estômago. Quando há disfunções no diafragma, como tensões ou fraquezas nessa região, o hiato esofágico pode perder sua função de suporte, permitindo que o ácido gástrico suba para o esôfago, causando refluxo. “Estresse e outros fatores emocionais, por exemplo, também podem tensionar o diafragma e agravar o refluxo. Com a osteopatia, buscamos liberar essas tensões no diafragma e melhorar a mobilidade torácica e abdominal, reduzindo os sintomas de refluxo e melhorando a função digestiva”, explica.

 

 

Entorse de tornozelo x desalinhamento pélvico

Uma entorse de tornozelo pode causar desalinhamento pélvico devido às compensações biomecânicas que o corpo desenvolve para proteger a articulação lesionada. A alteração no padrão de marcha leva a um apoio desigual, resultando em tensões musculares e fasciais que se propagam até a pelve, causando inclinação ou rotação. “Esse desequilíbrio pode gerar dores na lombar e outras áreas. O tratamento osteopático foca em restaurar a mobilidade do tornozelo e o alinhamento da pelve, reequilibrando o corpo como um todo”, esclarece.






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