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Reportagens Edição 181 - Agosto de 2023

Desmistificando a asma


“O ajuste do tratamento deve ser feito em consultas regulares com o médico pneumologista, sempre com o objetivo de deixar o paciente totalmente assintomático e com prova objetiva de que não há mais inflamação nos pulmões”. Gustavo Köhler Homrich

Corticoide é o ideal para tratar a doença?  

 

Muita gente resiste a certos tratamentos por conta dos efeitos colaterais que eles provocam. Quem já não quis interromper o uso de corticoide, por exemplo? Isso porque, quando ingerido por via oral, ele provoca a retenção de sal pelo corpo. Em grandes quantidades, isso aumenta o acúmulo de líquidos e resulta no aumento do peso.   


Em 2019, a atriz, escritora e roteirista Fernanda Young, 49, diagnosticada com asma desde a infância, morreu após ter uma crise, seguida de parada cardíaca. Muito além do que imaginamos, a asma e outras doenças respiratórias podem desencadear problemas graves e levar ao óbito, quando tratadas incorretamente.  


Segundo o pneumologista Gustavo Köhler Homrich, 40, para esses casos, as medicações são inalatórias, popularmente conhecidas como “bombinhas”. Contudo, ele afirma que esse tipo de tratamento evoluiu e hoje é comprovadamente seguro e eficaz no controle da asma.   


“É muito importante salientar que este tipo de corticoide é recomendado em doses extremamente baixas. Quando administrados por via inalatória, não trazem os riscos de efeitos colaterais tão temidos desta substância, como ganho de peso, diabetes, osteoporose, dentre outras”, afirmou.   

 

Doença “mal tratada” 
O médico explica que um paciente que ainda apresente crises, mesmo que eventuais, está correndo sérios riscos contra a sua saúde. “Esse paciente pode ter crises que levam à morte. Estatísticas nacionais apontam até seis mortes por dia por asma no Brasil”, disse.    


Portanto, fique atento! A interrupção do tratamento pode levar à necessidade do uso de corticoides sistêmicos por via oral ou injetáveis – esses, sim, com potencial risco à saúde e efeitos adversos indesejáveis. Além disso, pode intensificar a inflamação nos pulmões, com perda acelerada da função pulmonar através do remodelamento brônquico (processo em que o brônquio cicatriza fechado e responde mal ao tratamento).  

 

! O que classifica a gravidade da asma é a quantidade de medicação necessária para controlar os sintomas (leve, moderada e grave). No entanto, todos os níveis têm tratamentos eficientes e podem ser controlados.   


Embora não exista evidência de que algum alimento possa piorar o controle da doença, os pacientes que possuem asma têm maior risco de apresentar alergias na pele e alergias alimentares. Além disso, outros fatores podem piorar os sintomas, como o cigarro, infecções virais, variação de temperatura e aeroalérgenos (pólen, pó e mofo).  






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