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Reportagens Edição 172 - Outubro de 2022

A arte de ensinar


Alunas “ontem” e professoras hoje, elas relembram o tempo de escola

 

 

Basta perguntar para os seus avós como era a escola na época em que estudavam, que você vai ouvi-los falar por horas e horas. Isso porque são muitas as mudanças ao longo do tempo, desde a metodologia e os conteúdos ensinados até a forma de se relacionar entre colegas e professores.  

 

Maria Bernadete Lovato, 64, professora de Artes e Teatro, com 41 anos de sala de aula, e Caren de Freitas Carvalho, 39, há sete anos atuando como alfabetizadora nos anos iniciais do ensino fundamental, sentem na pele essa diferença. De alunas a educadoras, elas contam como enxergam esse novo jeito de ensinar. 

 

 

Uma nova postura  
É impossível não notar a diferença do formato das aulas hoje em dia. Antigamente, elas eram tradicionais, com alunos enfileirados dentro da sala e o professor à frente da turma. Hoje, esse modelo está na contramão de uma metodologia ativa, ou seja: que incentiva o estudante a ser mais autônomo e participativo.  
 

 

“O aluno chega à escola com uma grande bagagem de conhecimento, e o professor passa a ser um mediador, formando o aluno não mais para realizar atividades repetitivas e seguir padrões, mas para ter uma postura investigativa e solucionar problemas da vida real”, destaca Caren. Para Bernadete, o grande desafio dos tempos atuais é aprender as novas ferramentas e tecnologias, com a missão de oferecer uma educação que desperte o interesse e a atenção do estudante.  

 

 

Pais na escola? 
Outra diferença facilmente observada é sobre a presença dos pais na escola. Anos atrás, isso só acontecia quando eram chamados pela direção ou nos dias de apresentação da turma. Hoje, as famílias são muito mais participativas, envolvem-se em atividades e possuem até associação. A mudança é vista como positiva pelas professoras. “Quando os pais ou responsáveis são ativos no cotidiano escolar, a tendência é de que o aluno se esforce mais para mostrar seu valor, além do fato da criança se sentir apoiada, amada e importante”, afirma Caren.  

 

 

Curiosidades de antigamente:

- As provas eram impressas em mimeógrafo, com letras azuis, e tinham um forte cheiro de álcool.  Hoje, provas e trabalhos já vêm impressos em folhas xerocadas a laser, às vezes, até em colorido.  

- O quadro negro era negro mesmo, não verde. O giz, que produzia pó ao escrever, transformou-se em canetas à base de tinta, enquanto o apagador também foi substituído por flanelas de micro fibra.  

 - As classes eram para dois alunos, não individuais.  

- O projetor de lâminas foi substituído por projetor multimídia, notebook, smart TV ou lousa digital. 

 - Os cadernos eram de brochura, ou seja, sem molas. As páginas eram coladas ou grampeadas. 

 - Os alunos tinham caderno de desenho, caderno de caligrafia e a inseparável tabuada.  

 - Existiam estojos feitos de madeira.  

 - Não existiam apontadores, então, os lápis eram apontados com estilete. 

  - Os cálculos de matemática eram feitos à mão, no caderno mesmo, pois não existiam calculadoras e, muito menos, celulares.  

 - Os livros impressos eram sagrados, e a “hora da biblioteca”, semanalmente, era obrigatória em muitas escolas. 






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