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Reportagens Edição 171 - Setembro de 2022

Cachoeira vive o Broto


Corte atual passará faixa: Broto Isadora Trevisan, Princesas Ana Júlia Gaspar Pedroso e Maria Luiza Simonetti, Ternura Júlia Oliveira e Simpatia Gabriella Zanotto

Concurso elegerá nova corte em outubro 

 

 

Muito além de beleza, ser da corte do Broto representa uma juventude engajada em causas sociais, com espírito de inovação, liderança e solidariedade. Maria Antônia dos Santos Fontoura, 21, que venceu o concurso em 2015, conta que a experiência foi desafiadora. 

 

“Acredito que esse período em que vivi entre os meus 14 e 15 anos me amadureceu e fez com que eu enxergasse o mundo fora da minha bolha. Me orgulho muito de ter conquistado esse título, sei o quanto foi importante não só pra mim, mas para muitas meninas pretas que se sentiram representadas. O Broto, com certeza, foi uma grande virada de chave na minha vida, recebi muitas oportunidades, aprendi a trabalhar em grupo e fui, juntamente com a corte, extremamente ativa em causas sociais”, destaca.  

 

Hoje, Maria Antônia cursa Enfermagem na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e atribui ao reflexo das experiências que adquiriu no concurso seu interesse por trilhar a vida profissional na área da saúde. “No dia em que conquistei o título, sabia que as maiores responsabilidades estavam por vir, mas tive a certeza de que valeu a pena todo o tempo que eu havia dedicado para me preparar para o concurso”, relembra.  

 

 Maria Antônia conquistou o título de Broto em 2015 


 
 
 
Concurso é sinônimo de transformação 

Nesta edição, o Broto conta com Rodrigo Kury, 45, maquiador profissional especialista em produções fotográficas, como scouter do concurso. Ele foi o responsável por recrutar os talentos da cidade e indicá-los para concorrer.  
 
Ele conta que uma das marcas do evento é promover a transformação pessoal das candidatas ao longo do percurso, até o grande o dia. Para isso, são proporcionados workshops, que envolvem desde a estética, com oficinas de moda, maquiagem e cuidados com a pele, até cursos de comportamento, com dicas de etiqueta, dicção e oratória, assim como de postura em frente às câmeras. Além disso, as meninas participam de um evento social que promove a integração da corte atual com as candidatas ao título.  
 
“Todas essas experiências são significativas e visam o desenvolvimento por inteiro das meninas. Além da beleza, muitos outros aspectos são importantes, e é nesse sentido que o concurso proporciona todo o suporte necessário para prepará-las. E, assim, elas vão amadurecendo, superando suas limitações e convivendo em grupos, criando vínculos de amizade que perduram mesmo depois do concurso”, revela.  
 
 
 
Responsabilidade social 
 
Historicamente, o Broto propõe ações de impacto social às candidatas, com propostas de tarefas em benefício de quem vive em situação de pobreza extrema no município. Neste ano, será mantida a campanha de arrecadação de moedas, lacres de alumínio e tampas plásticas. As moedas serão revertidas em ações sociais, que serão definidas pela corte eleita. Já os lacres e tampas serão direcionados para os projetos realizados pela Casa da Amizade e pelo Lions Clube Cachoeira do Sul. 
 
Denise Caspani, 60, presidenta do Lions, diz que, desde 2017, as candidatas já arrecadaram aproximadamente três toneladas de tampinhas, o equivalente a 1/3 da marca de 10.030,5 kg de plástico retirado do meio ambiente em nosso município. “A participação dos jovens nas ações sociais é de grande valor para toda a sociedade. Além de aprender sobre a dor do outro, sobre solidariedade e responsabilidade social, ele descobre a importância de ser útil no meio em que vive, participando dos problemas que nele surgem, bem como das soluções ou caminhos para amenizá-los”, considera. 
 
 
 

A advogada Rosana Azevedo, 63, tem com o concurso uma relação especial: ela é jurada há 17 anos, e, por isso, acompanhou a evolução de muitas meninas, ao tornarem-se protagonistas de suas histórias de vida. “Participar do Broto é, para cada uma, um despertar da verdadeira beleza: comprometimento, liderança, voluntariado, passarela, cultura e criatividade. A beleza exterior é importante, mas torna-se um complemento à essência. Este aprendizado é oportunizado a todas com maestria, desde que estejam receptivas para recebê-lo”, afirma.  





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