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Reportagens Edição 166 - Abril de 2022

Cuidado com o mate quente!


“Cuidados simples do nosso dia a dia podem ajudar a prevenir o câncer”. Sarita Quatrin Buzzeto Santos.

Temperatura elevada da água pode causar câncer de esôfago 

 

 

Você sabia que a bebida mais amada e consumida entre os gaúchos tem um dia especial só pra ela? Em 24 de abril celebramos o Dia do Chimarrão e, para marcar essa data, trouxemos um alerta para os fãs daquele mate bem quente: é preciso ter cuidado com a temperatura da água!  

 

A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica alguns produtos de acordo com seu potencial em causar câncer. Ela aponta o consumo de bebidas acima de 65ºC como sendo, possivelmente, cancerígeno para humanos.  

 

De acordo com a oncologista clínica Sarita Quatrin Buzzeto Santos, 39, dentre os principais problemas de saúde relacionados a esse fator está o câncer de esôfago. “Sabe-se que os compostos de café e erva-mate, por si só, não têm influência sobre o desenvolvimento do câncer. O risco está associado às altas temperaturas”, observa. 

 

Diante desse perigo, o ideal é cuidar para não deixar a água ferver. “É importante ressaltar que ninguém precisa se privar do consumo de bebidas quentes, porém, é interessante termos temperaturas em torno dos 55ºC para maior segurança. Para termos uma ideia, essa é a temperatura na qual o café expresso costuma sair da máquina”, diz. 

 

Uma boa dica, segundo a médica, é, após a fervura da água, colocar o recipiente sobre uma superfície fria por cerca de cinco minutos e, só então, consumir o líquido. Dependendo do volume de água e da temperatura ambiente, o tempo de resfriamento pode variar. “É importante estar atento aos sinais e sintomas de alerta e, frente a algum deles, procurar seu oncologista de confiança. Alterações como dor forte e prolongada, lesões que não cicatrizam, dor ou dificuldade de deglutição, são sintomas que justificam procurar auxílio médico”, explica Sarita. 

 

 

Tratamento especializado 

“Efeitos adversos dos tratamentos são reduzidos com a fisioterapia especializada”. Jéssica Iserhardt. 
 
A fisioterapeuta oncológica Jéssica Iserhardt, 28, também alerta para os possíveis danos causados ao esôfago. Em casos de tratamento e possíveis cirurgias para retirada do tumor, a atuação do fisioterapeuta é imprescindível. “O pré-operatório consiste em intervenções para prevenir as complicações respiratórias no pós-operatório. A não realização deste acompanhamento aumenta os efeitos da imobilidade e o tempo de permanência hospitalar do paciente”, destaca.  
 
No tratamento oncológico, existem muitas formas de atuação do fisioterapeuta especializado. Uma delas é o auxílio prestado mesmo após a alta hospitalar, através de um tratamento individualizado. “Como exemplo, temos a fadiga oncológica, que é descrita como um cansaço extremo ou exaustão, diferente do cansaço do cotidiano. A perda de peso e de músculos, que é uma sequela reconhecida do câncer de esôfago, faz com que a qualidade de vida e funcionalidade dos pacientes seja afetada”, explica Jéssica.  





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