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Reportagens Edição 166 - Abril de 2022

Abril Azul: vamos conversar sobre o autismo?


“Apesar de pouco divulgada, a psicomotricidade é a base para o desenvolvimento motor do autista”. Natana Souza

A psicomotricidade é uma importante aliada no tratamento

 

 

Desde 2007, o dia 2 de abril foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ser o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Intitulada Abril Azul, a campanha tem o objetivo de levar informação à sociedade, a fim de promover diálogos sobre o tema e reduzir a discriminação e o preconceito com quem sofre do distúrbio.  

 

Ainda que em tempos atuais, é notável o desconhecimento sobre tratamentos importantes e eficientes que podem melhorar a qualidade de vida de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um desses métodos é a psicomotricidade: a ciência que integra habilidades motoras associadas aos aspectos emocionais e cognitivos.   

 

A finalidade deste estudo é desenvolver as expressões coordenadas dos movimentos da pessoa com TEA durante uma atividade contínua. “A abordagem psicomotora pode ser uma forma de manejo muito interessante em crianças com autismo, pois seu direcionamento vem ao encontro das suas necessidades, as quais têm características evidentes de desestruturação sensorial, motora, na linguagem e na capacidade de perceber ambientes sociais, contextuais e correlacionar com a linguagem verbal ou não verbal”, explica Natana Souza, 31, especialista em atividade física adaptada, psicomotricista, psicopedagoga clínica e especialista em TEA.  

 
 
! “Ainda existe desconhecimento por parte das famílias. Vejo que a maior preocupação é se a criança com TEA vai falar, porém, antes disto, ela precisa estar com outras habilidades desenvolvidas e organizadas”. 
 
 
 
Quando devo procurar um especialista? 

É importante estar atento e observar o desenvolvimento das crianças nos mínimos detalhes do dia a dia. Alguns sinais podem servir de alerta para que as famílias procurem um especialista. Os principais são: rigidez ou fraqueza muscular; atraso no ato de sentar, caminhar ou na fala; movimentos muito descoordenados; dificuldade em segurar objetos; atrasos cognitivos na compreensão de palavras e dificuldade em reconhecer cores, números e formas. 
 
Segundo a profissional, a psicomotricidade contribui para melhorar a coordenação motora e os movimentos do corpo que, por sua vez, ajudarão na aprendizagem da leitura, da escrita, na concentração e no raciocínio lógico. Por isso, recomenda-se a psicomotricidade em qualquer nível do TEA, desde a infância até a terceira idade. “Qualquer defasagem no neurodesenvolvimento, quanto antes vista, apresenta melhores resultados. Diante disso, entendemos a importância da intervenção precoce”, destaca. 





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