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Reportagens Edição 164 - Janeiro e Fevereiro de 2022

De olho nas mamas


Médica radiologista, Morgana Trindade especializou-se em diagnóstico de câncer mama e alerta para a importância da realização de exames anuais principalmente a partir dos 40 anos

Morgana é referência no diagnóstico do câncer de mama 

 

 

Com apenas 12 anos de idade, Morgana Trindade Pacheco, 49, já se interessava pelos assuntos ligados à Medicina e sentia no coração o desejo de cuidar das pessoas. Quando iniciou o ensino médio na Escola João Neves da Fontoura, já estava decidida pela profissão e dedicou-se arduamente aos estudos para passar no vestibular de uma faculdade pública. Ela foi aprovada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) com 19 anos.  

 

Morgana escolheu dedicar-se à saúde da mulher, principalmente quando começou a vivenciar as experiências da importância de um diagnóstico preciso e rápido para o tratamento do câncer de mama. Segundo a médica, a maioria das pessoas não se preocupa com essa doença. “Tem casos em que mulheres percebem um carocinho no seio e demoram a procurar o médico. É como uma negação do problema. Elas precisam saber que um diagnóstico rápido aumenta as chances de cura. Nossa missão é justamente detectar o problema antes mesmo que apareça um nódulo palpável”, conta. 

 

Há oito anos Morgana integra a equipe de médicos radiologistas de umas das clínicas mais reconhecidas de Porto Alegre, a Mediscan. Lá ela é responsável por todos os exames relacionados à mama, como, por exemplo, a mamografia, ultrassonografia mamária, biópsias e ressonância. “Junto com minha equipe desenvolvemos um serviço de suporte às pacientes. Quando colegas mastologistas ou ginecologistas atendem uma paciente com suspeita de câncer de mama, imediatamente entram em contato através de um telefone específico para agilizarmos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento o mais rápido possível”, explica Morgana. 

 

 

QUEM É
Morgana é mãe de Leonardo, 19, e João Pedro, 13. Durante a faculdade, conheceu o colega Leo Pacheco e começaram a namorar. Casaram-se logo após a formatura e estão juntos há 22 anos. Ela fez residência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, optando trabalhar na área de mama. 

 

 

Morgana participa de grupos médicos que priorizam a medicina humanizada. Estão em constante troca de experiências e fazem fóruns para a discussão de casos especiais. Oncologistas, mastologistas, ginecologistas, radiologistas e psicólogas estão entre os profissionais ativos no grupo. “Quem quiser participar pode entrar em contato comigo”, diz.

 

 

DUAS PERGUNTAS

É normal os pacientes entrarem em choque ao receberem o diagnóstico positivo?  
“Uma colega me encaminhou uma paciente de 27 anos após ter palpado um nódulo nela. Infelizmente, identifiquei ser um câncer. A paciente entrou em choque, ficou em negação e sumiu. Nós todos ligávamos para ela para fazer a biópsia. Só um mês depois ela voltou, quando outro médico também deu o mesmo diagnóstico. Este atraso poderia tê-la prejudicado, pois o estágio do câncer já estava bem preocupante”. 

 

Qual a experiência mais marcante que já viveu em um diagnóstico? 
“Uma paciente de 60 anos chegou com a mama toda aberta e exalava um cheiro muito forte. O seio já estava necrosando e ela tentando esconder da família o problema. O câncer corroeu a mama e só havia aquela ferida aberta. Conhecendo melhor a paciente, soube que ela passou por uma separação dolorosa, a filha estava afastada e ela não queria incomodar a família. Ela fez as cirurgias e o tratamento surtiu efeito. A filha que estava distante voltou para cuidar dela e se reaproximaram”. 






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