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Reportagens Edição 158 - Julho de 2021

Paizão em tempo integral


Maurício e Duda Rezende registrando todos os momentos de espera pelo João Pedro

Inseminação artificial realizou o sonho da família de Maurício Rezende 

 

 

O nascimento de João Pedro Rezende, em janeiro deste ano, foi a realização de um sonho de família e a prova de que sonhos sonhados juntos podem, sim, tornarem-se reais. Quando usamos a expressão “conto de fadas” é porque achamos algo tão perfeito e ao mesmo tempo tão surreal de conseguir que o afastamos de nossa realidade e acabamos ficando só na imaginação. 

 

Maurício Rezende, 33, foi pai pela primeira vez aos 20 anos. “Tive um relacionamento de dois anos com a mãe da Duda, que morava em outra cidade, e quando soube que ela estava grávida, já tínhamos terminado. Sempre quis ser pai, e apesar do susto que tomei na hora e da consciência dos desafios que enfrentaria em ser pai solo, tive a certeza de que eu estava recebendo o presente mais importante da minha vida”, conta Maurício, que é empresário há 12 anos.  

 

Duda, como é conhecida Maria Eduarda, tem 12 anos e sempre morou com o pai aqui em Cachoeira. Ela tem na avó, Maribel, 55, sua referência de mãe. “Minha família sempre me apoiou muito, e a Duda só trouxe alegrias para nós”, conta Maurício. O nascimento da menina trouxe também maturidade para ele e a vontade de se superar sempre para dar o maior exemplo de pai de família para ela.  

 

Pai solteiro de primeira viagem e empresário em pleno crescimento profissional foram bem conciliados por Maurício à época. Tanto que colocou o nome da filha em sua rede de casas geriátricas. O que ele não esperava é que Duda tivesse o sonho ardente de aumentar a família. “Com 5 anos ela já começou a pedir o irmão como presente de aniversário e nas cartinhas para o Papai Noel. Quando tinha 10 anos, ela pediu para trocar uma viagem que comprei para ela pela Europa e Disney para guardar dinheiro para uma inseminação”, conta Maurício. 

 

Foram três anos de espera por João Pedro. Dias de esperança, dias de espera, de frustrações, de exames médicos e burocracias. “Encontramos na família uma pessoa que sempre soube o quanto ser pai era importante para mim e que eu queria ter mais de um filho. Ela se comoveu também com o desejo da Duda e se ofereceu para ser barriga solidária”, explica. No Brasil, é permitido por lei “emprestar a barriga” para isso, o que não pode é usar a situação para fins de ganhos financeiros.

 

Toda a gestação de João Pedro foi acompanhada de perto pela família e possui registros em foto de todo o processo. “Sempre tive uma relação de muita transparência com a Duda e será assim também com o João. Ele teve tudo que uma gravidez normal e tradicional tem. Quando ele crescer, eu vou mostrar para ele o quanto ele foi sonhado, esperado e amado por nós”. 

 

E como será que anda a Duda depois que foi promovida à irmã mais velha? “A frase mais conhecida lá em casa é que ela vai ‘estragar’ o guri”, conta Maurício, dando risada. A menina é irmã 24 horas por dia e é um grude com ele. “Ela nem lembra de comprar as coisas para ela, só pensa em mimar o irmão. Dormimos todas as noites os três no mesmo quarto e olhando para eles eu vejo o quanto tudo valeu a pena e faria mil vezes de novo. Minha família é meu alicerce”, finaliza Maurício.

 


“Ter outro filho, de forma natural ou inseminação, não está em meus planos, mas não descarto uma adoção. É uma decisão que o João poderá participar, e se for para ser, será”. Mauricio






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