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Reportagens Edição 152 - dezembro de 2020

Saúde do homem


Daniel D’Oliveira: “Exames preventivos e o mapeamento geral de saúde permitem a prevenção do câncer de próstata e de outras doenças”

Previna-se do câncer de próstata 

 

O câncer de próstata é a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil. Felizmente, a avaliação urológica para rastreio do câncer de próstata permite o diagnóstico da doença numa fase precoce, onde as chances de cura chegam perto de 90%. Para esclarecer os mitos e verdades da doença, conversamos com o médico urologista DANIEL D’OLIVEIRA SILVA, 43, formado há 17 anos. 

 

SINTOMAS 

95% dos casos não apresentam sinais, conforme explica o médico Daniel D’Oliveira.  Os sintomas são decorrentes do seu crescimento e surgem com o envelhecimento. Entre as queixas mais frequentes estão: jato urinário mais fraco, incontinência urinária, sensação de bexiga cheia, hesitação para iniciar o jato e ardência na uretra. Em casos mais graves, podem ocorrer sangramento, dores ósseas, inflamação ou traumatismo.  

 

RISCO DE IMPOTÊNCIA 

Quanto mais avançado é o câncer ou estágio da doença, maiores são os riscos de impotência sexual. Em casos de tumores mais agressivos, as cirurgias deverão ser mais amplas, com riscos adicionais ao paciente. 

O tratamento com cirurgia ou radioterapia pode causar impotência de leve a severa, em mais de 50% dos casos. Quanto mais precoce foram feitos os exames, o diagnóstico e o início do tratamento, maiores são as chances de cura do câncer e da preservação da potência sexual. 

 

EXAMES 

O exame de próstata auxilia na identificação do câncer, podendo ser o de toque, em que o médico insere o dedo indicador na porção final do intestino grosso (reto) do paciente e de avaliação do nível de PSA, que pode ser verificado através de um exame de sangue.  

 
A cirurgia robótica e o HIFU, ultrassom focalizado de alta intensidade, são opções modernas para o tratamento de câncer de próstata. 
 
VOCÊ SABIA? 
Estudos científicos apontam os benefícios da semente de abóbora (alimento rico em beta-sitosterol) para a melhora do trato urinário e de sintomas de hiperplasia de próstata. 

FAIXA ETÁRIA 
Os cuidados são variados, estando relacionados a cada etapa de vida do indivíduo. A necessidade de realizar exames está relacionada às queixas do paciente e à idade do mesmo. 
 
1 aos 10 anos: a primeira avaliação pelo urologista deve ocorrer ainda na infância, permitindo identificar alterações anatômicas no pênis e testículos. Nessa fase é possível orientar, diagnosticar e tratar patologias como fimose, hipospádias, criptorquidia e varicocele, entre outras. 
 
13 aos 20 anos: deve haver o autoexame dos testículos, visando descartar tumores em fases iniciais, além de prestar orientação sobre o início da sexualidade e os riscos da exposição a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) 
 
A partir dos 40 anos: A incidência do câncer de próstata aumenta a partir dos 45 anos em homens com fatores de risco e dos 50 em homens sem antecedentes familiares. 
 
A partir dos 65 anos: pode-se diagnosticar aproximadamente dois terços dos casos do câncer de próstata. 
 
Fatores de risco identificados: idade, história familiar (hereditário), indivíduos da raça negra, obesidade e hábitos alimentares.
 
 
POR QUE É TABU? 
“A resistência da população masculina em cuidar da saúde remonta a uma questão antropológica, quando o homem pré-histórico se expunha em atividades de risco e sequer adotava os cuidados mínimos. Com a evolução da sociedade, o homem está procurando mais ajuda. Isso se deve, também, às campanhas de prevenção e conscientização que contribuem para o diagnóstico precoce do câncer de próstata no país. Embora, muitas vezes, eles ainda negligenciem por fatores como medo, vergonha, concepções de masculinidade e rotina”. DANIEL D’OLIVEIRA 
 
“A consulta médica tem objetivo de coletar a história da doença atual, assim como antecedentes patológicos e familiares, também permitindo um exame físico adequado. Dessa forma, não há uma regra relacionando a idade do indivíduo e os exames necessários, devendo ser individualizada e ponderada a indicação de cada exame”, esclarece o médico.
 
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estimam-se 65.840 mil casos novos de câncer de próstata para cada ano do triênio 2020-2022. 
 
 
SABIA mais 
Daniel D’Oliveira é médico graduado em 2003 pela PUCRS, especialista em urologia desde 2009. É mestre e doutor em Medicina pela PUCRS, obtém a qualificação como pesquisador. Atua como preceptor da residência médica em Urologia no hospital da PUCRS desde 2012, e nos hospitais Moinhos de Vento, desde 2014, ProVida e HCB, há um mês. 





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