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Reportagens Edição 141 - novembro de 2019

Da pipoca aos MILHÕES


De origem humilde, empresário Jorge Bayard comanda hoje uma multinacional 

 

 

Jorge Bayard: “O começo não determina o fim”

 

 

Na década de 70, o cachoeirense JORGE BAYARD SEVERO começou a atuar como vendedor de pipoca de forma precoce, aos 12 anos de idade. Em um carrinho alojado na esquina da Rua Sete de Setembro, no Centro, lá estava o menino Bayard, que no futuro viria a se tornar um empresário bem sucedido e dono do próprio negócio com prospecção de mercado internacional. Hoje aos 54 anos de idade, ele reside em Capão da Canoa e é empresário nos segmentos de compra e venda de imóveis (Bayard Imóveis) e de serviços de exportação (Bayard Export). Em entrevista à LINDA, ele compartilha sua trajetória e dá dicas para crescer na profissão.  
 
 
PELO MUNDO 
No ramo de exportações há 25 anos, sendo 20 deles na Móveis Kappesberg, Bayard começou seu negócio na Argentina e no Uruguai, até se estender pela América Central, Cuba e África. “Vi que o mundo era feito de oportunidades. Ao longo dos anos, atuando no mercado externo, boas parcerias foram estabelecidas. Hoje a Bayard Export está presente em mais de 25 países, com parcerias também na China, Flórida e Índia”, comemora o cachoeirense, que possui uma carteira de 60 imóveis divididos entre Cachoeira, Porto Alegre e Capão da Canoa. 
 
A Bayard Export é parceira da ChinaInvest, considerada a principal porta de entrada de produtos brasileiros que buscam o mercado chinês, entre eles mel, cachaça, chocolates, móveis e outros. A companhia conta com uma célula dentro da ChinaInvest, sediada em Shenzhen, metrópole do sudeste da China. “Hoje na Bayard Export temos condições de atender qualquer empresa que busca as novidades que o mercado chinês oferece. Através de seu CEO Thomaz Machado, a ChinaInvest atende contas de grandes empresas brasileiras, como a Lorenzetti e Lojas Riachuelo”, diz.
 
 
ASCENÇÃO PROFISSIONAL 
Com apenas 13 anos, Bayard foi embora de Cachoeira para trabalhar como servente em uma obra em Porto Alegre. A proprietária da obra constatou que ele não poderia atuar nesta função e o arrumou um trabalho na empresa em que atuava, uma multinacional. De lá, Bayard passou a vendedor de investimentos no ramo bancário. “Logo ganhava sempre os prêmios oferecidos pelo banco para quem mais vendia, até que um cliente fez o convite para ser representante comercial na empresa dele. Desafio aceito, e até hoje atuo na área”, fala. 

“Minha vida financeira mudou muito, costumo dizer que saí de menos de zero, mas o encontro com a estabilidade financeira trouxe junto muito trabalho e preocupação. Hoje viajo muito e já estou no terceiro passaporte contando mais de 600 viagens para vários países”, conta ele.
 
 
VIDA PESSOAL 
Por ter vivido a realidade dos “dois lados” da sociedade, Bayard mantém a essência humilde e o espírito de igualdade: “Consegui separar bem as coisas e procurei evoluir como ser humano na mesma proporção. Apesar do conforto que tudo isto me proporciona, reconheço que o que divide uma sociedade é apenas um saldo bancário, onde uns têm mais e outros menos. Mas isto não quer dizer que alguns sejam maiores ou melhores”, finaliza.  Bayard é pai de Vitor, 27, músico, Juliana, 23, enfermeira, e Maria Eduarda, 2. 
 
 

9 DICAS
COM BAYARD
* As oportunidades estão aí, todo dia elas aparecem
* Não tenha medo de errar nem se subestime. Enfrente os obstáculos!
* Tenha fé. Tente na exaustão ser o melhor possível
* O começo é uma meta desafiadora, mas nada vence a dedicação e o trabalho bem feito. A longo prazo, sempre dará resultado positivo
* Tenha estratégia e caráter. Se tiver que abrir mão de algum deles, abra mão da estratégia, porque o caráter não pode ser mudado
* Hoje em dia o empresário que não tiver educação financeira terá quase certo pela frente um encontro com a falta de capital
* Os negócios não permitem descuidos financeiros, principalmente com o custo fixo que o negócio requer. A maioria das empresas tem no custo fixo um dos maiores erros
* Os chineses sempre falam que “custo e unha sempre é bom cortar”
* Recomendo a leitura “A arte da prudência”, de Baltasar Gracián. Já li este livro mais de 10 vezes, carrego na mochila sempre, e a cada viagem aproveito para reler um pouco. Também indico “A sutil arte de ligar o f*da-se”, de Mark Manson, 
“O dilema do porco-espinho”, de Leandro Karnal, e “O andar do bêbado: como o acaso determina nossas vidas”, de Leonard Mlodinow
 
 
 
Jorge Bayard está empenhado no desenvolvimento de um projeto chamado Da Pipoca aos Milhõe$ para contar a sua história no formato de livro e palestras, com lançamento em breve.  !





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