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Reportagens Edição 134 - abril de 2019

Vacine-se!


Saiba o que e quando tomar

 

“A população deve se conscientizar da importância da vacinação. Muitas pessoas ainda acreditam que as imunizações são somente para crianças ou que não é necessário vacinar-se”. Eunice Pohlmann e Andréa Santos

De uns tempos para cá surgiram um movimento antivacina e notícias falsas ao redor do mundo fazendo com que uma parcela da população deixe de se vacinar e doenças retornem. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas e profissionais da saúde têm se unido para compreender esse fenômeno (sem base científica) e fortalecer estratégias para reforçar a importância de manter a carteirinha de vacinação em dia, seja qual for a altura da vida. Quando adotadas como estratégia de saúde pública, as vacinas são consideradas um dos melhores investimentos em saúde, sendo capazes de prevenir de 2 a 3 milhões de mortes por ano ao eliminar e reduzir a incidência de diversas doenças.
 O ditado popular “Melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. É o que destacam a diretora-geral da Secretaria Municipal de Saúde, EUNICE POHLMANN, 52, especialista em saúde pública, com 28 anos de atuação, e a enfermeira do setor de vigilância epidemiológica da SMS, ANDRÉA CORRÊA SANTOS, 46, especialista em saúde da família, com 21 anos de atuação em saúde pública.

 

 

POR QUE SE VACINAR
 
“As vacinas geram imunidade, pois na sua composição estão os antígenos que causam a doença enfraquecidos ou mortos. Elas ensinam e estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos que levam à imunidade”, explicam. Para manter o controle de doenças, o paciente deve procurar a sala de vacinação de uma unidade de saúde e seguir o agendamento das vacinas que os profissionais fazem nas carteiras.
A imunização é realizada em sequência cronológica, ofertada conforme as faixas etárias suscetíveis àquela doença (grupo de risco) e a disponibilidade por idade. “Como exemplo: vacina contra tétano e difteria na infância (nos menores de um ano), na pentavalente bacteriana, depois de um ano na DTP e na fase adulta, gestante e adulto idoso. Praticamente em todos nossos ciclos de vida estaremos com risco de contaminação com o tétano e de desenvolver a forma grave, então precisamos estar imunizados”, salientam.

 

 

CARTEIRA DE VACINAÇÃO

O calendário nacional de vacinação contempla crianças, adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas, sendo disponibilizadas ao todo 19 vacinas para mais de 20 doenças. A caderneta de vacinação deve ser revisada em todas as idades. “Algumas imunizações têm limite de idade para realizar, sendo administradas apenas na infância e outras na adolescência, pois são os períodos da vida para sua melhor eficácia e o risco de contaminação com o agente causador é maior”, esclarecem.
 As pessoas que recebem o esquema de uma vacina completo, com todas as doses, não precisam refazer a imunização, mas quem não possui a comprovação das doses aplicadas é considerado não vacinado e deve se imunizar. “A comprovação oficial é a carteira de vacinação, que deve ser guardada como um documento oficial para toda vida. Se a criança receber todas as vacinas na infância, não irá repetir na adolescência, vai receber as correspondentes à faixa etária, como HPV e reforço da meningocócica C, por exemplo”, orientam elas. 
 “A imunização para mulheres grávidas é necessária para prevenir doenças para si e para o bebê, por isso tem um esquema vacinal diferenciado. Os idosos necessitam imunizar-se devido ao aumento de sua susceptibilidade. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas disponíveis nos centros de referência para imunobiológicos especiais (Crie)”, destacam. É importante sempre atender ao chamamento para as campanhas nacionais ou locais de vacinação, respeitando o esquema e os intervalos recomendados. “Além da proteção individual, a vacina também evita a transmissão para pessoas que não podem ser vacinadas, como recém-nascidos e crianças menores”.

 

 

A SITUAÇÃO EM
CACHOEIRA

Segundo o Ministério da Saúde, todas as vacinas estiveram abaixo da meta de cobertura em 2018. Em Cachoeira do Sul, a tendência repete-se: “As metas de cobertura na população adulta cachoeirense também são baixas. A responsabilidade para o controle das doenças e qualidade de vida da população não é só do poder público, dos municípios ou dos estados, é de cada indivíduo”, alertam as profissionais.

 

 

DE OLHO NA TABELA
 
Hepatite B –
3 doses, de acordo com a situação vacinal

Febre amarela – Dose única. Verificar situação vacinal

Tríplice viral –
Previne sarampo, caxumba e rubéola. Se nunca vacinado, 2 doses (20 a 29 anos) e 1 dose (30 a 49 anos)

Dupla adulto (dT) – Previne difteria e tétano. Reforço a cada 10 anos

* As vacinas hepatite B, febre amarela e tríplice viral, aplicadas com o número de doses do esquema em qualquer momento da vida, são consideradas esquema completo, ou seja, não necessitam ser repetidas. No caso do idoso, a vacinação deve ser anual para influenza.

Fontes: Eunice Pohlmann e Andréa Santos






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