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Reportagens EDIÇÃO 10 - FEVEREIRO 2008

Ele é um paizão!


Zelar pelo desenvolvimento emocional das crianças também é papel do pai

Quando o assunto é educação e desenvolvimento das crianças, muito se ouve falar da importância da mãe, mas o que muitos não sabem é que a figura paterna tem um papel fundamental na fase que inicia ainda na gestação e se estende até a vida adulta. Em poucas décadas, o papel do pai passou por grandes transformações. Se antes garantir a estabilidade financeira e a segurança da família já era suficiente, hoje o pai precisa participar do desenvolvimento, demostrando afeto e preocupação pelo seu bem-estar emocional.
De acordo com a psicóloga Vanessa Csaszar, 25 de idade e dois de profissão, o pai deve ter presença contínua no dia-a-dia das crianças, participando ao máximo de todas as atividades que o envolvem, desde a troca de uma fralda até o embalo durante a noite. “O pai precisa dispor de um tempo efetivo para o filho. Aquele tempinho para contar uma história, rolar no chão e contar as novidades do dia. A relação de companheirismo deve ser construída desde a infância para garantir que siga na adolescência”, observa a psicóloga.
A idéia de que a mãe é a única e imprescindível responsável pelo desenvolvimento emocional da criança já faz parte do passado.



Cleitor com Diuly: pai acompanha o desenvolvimento da filha desde a gestação



Hoje já se sabe que o pai tem papel fundamental nessa área, devendo ser acessível à criança para complementar o papel da mãe no desenvolvimento e aprendizagem. “É ao lado da família que a criança desenvolve suas relações de carinho e afeto, porque são as pessoas mais próximas e com quem ela estabelece um forte vínculo. Se o pai não pode estar presente, é importante o contato com uma figura masculina, seja o avô ou tio, mas isso deve incluir a sinceridade sobre a ausência do pai”, explica a psicóloga.
A importância do pai para o desenvolvimento emocional do bebê é ilustrada até pela abertura que os hospitais deram, começando a permitir a participação dele na hora do parto, o que estimula o vínculo inicial e oportuniza ao pai ir desenvolvendo habilidades no cuidado com o bebê. O militar Cleitor Paiva, 36, procurou se informar sobre a criação de crianças antes mesmo da esposa Michele Paiva, 26, engravidar. Hoje ele se revela um pai atencioso e preocupado com o crescimento da filha Diuly, de um ano. “Mesmo antes de ter a minha filha, acreditava que zelar pelo desenvolvimento da criança não deve ser somente papel da mãe. O pai deve estar presente inclusive dando apoio à esposa, que já carrega uma grande responsabilidade com a maternidade”, observa. Cleitor se mostra um pai atencioso até mesmo nas tarefas diárias, como trocar fraldas e dar banho.


A importância da presença do pai desde a gestação seguidamente é alvo de pesquisas e estudos e todos eles apontam para os ganhos em termos do desenvolvimento do bebê. As crianças em idade escolar não só demonstram incremento significativo em seu Q.I. nas famílias em que os pais participam intensamente de suas vidas quando mais novas, como também adquirem mais senso de humor, maior capacidade de atenção e de vontade de aprender.


 



Primeiros passos: pai incentiva a filha a começar a caminhar

 



 

Vanessa: vínculo afetivo do papai estimula o desenvolvimento emocional da criança






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