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Reportagens Edição 109 - dezembro de 2016

Gente que é cultura - PARTE 2


Conheça os agentes culturais que fomentam a cultura local

CAMINHO CULTURAL
A professora de Letras MÁRCIA ROSANA SEVERO PATEL, 55, atualmente trabalha na 24ª CRE, mas foi assessora técnica do Museu Municipal Edyr Lima durante 28 anos, onde atuou como guia turística, pesquisadora e palestrante, tendo sido diretora do departamento por quatro anos. Ao longo deste tempo Márcia esteve amplamente envolvida com atividades culturais em nossa cidade, como Vigília do Canto Gaúcho, Fenarroz, Feira do Livro, Carnaval e A Praça é Nossa. Ela também participa do programa Minha Cidade, da TV Novo Tempo, juntamente com Mirian Ritzel, do Arquivo Municipal, e a assessora técnica Elisabete Farias da Silva, do Museu Municipal, falando da história e cultura locais.


“Hoje, mesmo não trabalhando mais no setor cultural, pretendo continuar divulgando e difundindo o que aprendi nesses anos de trabalho junto ao Núcleo Municipal da Cultura”.
MÁRCIA PATEL

 

 

CONHECER O PASSADO PARA ENTENDER O PRESENTE

Márcia conta que essas experiências lhe permitiram fazer com que as pessoas conhecessem a história e a cultura da nossa cidade, sua gente e seus feitos, fazendo-as sentirem-se parte deste contexto em que estão inseridas. “Cachoeira do Sul é rica culturalmente. Acredito ser razoável o conhecimento que o cachoeirense tem, mas é preciso mais. Percebe-se isso quando vemos a depredação do patrimônio arquitetônico em praças, monumentos e prédios”, salienta.




 

 

 

HERANÇA DE FAMÍLIA
Professora de balé há 22 anos, ANDRÉIA RIZZATO POHLMANN, 42, auxiliar de biblioteca, consultora de acervo e contadora de histórias há 15 anos no Colégio Sinodal Barão do Rio Branco, vive no meio cultural desde pequena. Natural de Santa Maria, Andréia foi incentivada pelos pais a desenvolver o seu lado artístico, influenciando as suas escolhas e atividades profissionais. “Como mãe de três meninas, procuro perpetuar junto a elas os mesmos valores culturais herdados de minha família”, acrescenta.


“Em minha profissão, sou um instrumento da cultura e suas diversas vertentes, sejam através do movimento ou das palavras”.
ANDRÉIA POHLMANN



FORMANDO O FUTURO
Como profissional da educação, Andréia diz que busca conduzir o conhecimento de forma lúdica, fazendo parte da formação de crianças e jovens. Para ela, no entanto, ainda temos um longo caminho para trabalhar com os cachoeirenses a respeito da educação e conscientização do nosso patrimônio cultural. Entre seus principais projetos estão a Feira do Livro do Barão, o Sapatilha (projeto social que contempla alunos das escolas públicas Liberato Salzano Vieira da Cunha e Maria Pacicco de Freitas nas aulas de balé do Barão) e o Livro Vai, Livro Vem... Eu Conto e Vocês Também! (projeto de incentivo à leitura, criatividade e improvisação com alunos das séries inicias do colégio).

 

 

 

 

 

SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA

Através dos livros, a professora municipal ROSANE DRUCK RÖSING, 54, sendo 34 anos de atuação, embarca no imaginário de crianças, jovens e adultos contando boas histórias. Há mais de um ano Rosane comanda a sessão de contação de história no espaço Viveiro Cultural oferecendo ao público uma vivência lúdica, o que lhe permite entrar em contato com suas fantasias, criatividade e imaginação.


Rosane ajuda na formação de novos leitores. Como objetivo: “Despertar em cada pessoa a curiosidade e o eterno encantamento pela literatura, assim como pela vida”


CULTURA X CACHOEIRA

Rosane afirma que Cachoeira é uma cidade-referência neste aspecto, pois já foi polo em cultura. “Os cachoeirenses buscam constantemente conhecer e atualizar-se sobre a nossa cultura. Sou testemunha desta busca diária”, constata. Se a tecnologia pode corromper essa busca, a professora não acredita que isso seja possível. “Penso poder ser uma facilitadora para se chegar às diversas culturas que temos à nossa disposição”, justifica.




 

REVITALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

A professora de Pedagogia com especialização e pós-graduação em Administração e Orientação Educacional Claudia Beatriz Frey Scarparo, 56, atua na área da cultura há um ano, quando assumiu a direção do Núcleo Municipal da Cultura, respondendo também pelos departamentos culturais: Arquivo Histórico, Museu Municipal, Atelier Livre Municipal e Biblioteca Pública Municipal. Junto à equipe, Claudia revitalizou o auditório da Casa de Cultura e o espaço onde funciona o Atelier Livre. “Esses espaços culturais são indispensáveis para a fomentação dos trabalhos culturais”, diz. Hoje esses locais já estão todos reformados e em funcionamento.

MAIS PROJETOS
O vagão que se encontrava na parte externa do museu em precárias condições por mais de 12 anos foi recuperado na gestão de Claudia, trazendo-o de volta como espaço cultural à comunidade. Também foi feita a revitalização da Fonte das Águas Dançantes por ocasião da Feira do Livro de 2015, que foi realizada com sucesso absoluto de público e vendas frente a uma estimativa de contenção de recursos. “Conseguimos num conjunto de esforços trazer de volta esse espetáculo para toda a comunidade”, lembra.


“Trabalhar com a cultura em todas as suas formas, respeitando a diversidade e a liberdade das expressões culturais do povo, é o papel fundamental do gestor da cultura”.
CLAUDIA SCARPARO


VALORIZAR O QUE TEMOS


Claudia reforça que a maioria da população carece do conhecimento de sua própria história e ainda não percebeu a importância que a cultura pode ter para o desenvolvimento da nossa cidade. “Esta é pouco trabalhada no currículo da maioria das escolas, além de não ser prioridade nas políticas municipais, sendo indispensável que se eleve o índice de investimentos em cultura e na formação das novas gerações”, aponta.


P.S. Na edição seguinte vamos mostrar outras pessoas que também fomentam a cultura na nossa cidade.
 






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