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Reportagens Edição 104 - julho de 2016

As avós não são mais as mesmas


A idade e os netos só fizeram bem a elas

 

Em um reino não muito distante vivem sete avós jovens, ativas, independentes e vaidosas, que têm os netos como a maior e a mais bonita herança de vida. Elas deixaram de lado os contos e as fábulas para narrarem a sua própria história, da qual são as personagens principais. Aquele estereótipo de vovó de cabelos brancos sentada na cadeira de balanço tricotando já não corresponde à realidade. Os tempos são outros. Hoje, mais do que nunca, elas têm muito mais saúde e disposição para desempenhar com maestria o papel de avó e de mãe-avó. São mulheres no auge de seus 40, 50 e 60 anos de idade, que esbanjam beleza e vitalidade.

 

 

VOVÓ CORUJA

Aos 51 anos, a professora de Educação Artística Miroslavia Borchardt renasceu e reencontrou-se com o nascimento do neto João Inácio, 2. Hoje com 53 anos, a vovó afirma que voltou à infância e buscou o melhor nela para mais uma vez ensinar e aprender. Miroslavia conta que o momento que recebeu a notícia foi emocionante e inesquecível. “Bruno (filho) e Gabriela estavam a chorar, então eu disse: ‘Não briguem’. E Bruno falou: ‘É que vamos ser pais’. Choramos e nos abraçamos juntos”, recorda a avó, que leciona 40 horas semanais na escola para alunos de todas as idades. No entanto, a rotina agitada não impede Miroslavia de ficar perto do neto.

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“Ser avó é amar incondicionalmente e ganhar de herança o mais puro e eterno amor”,

FALA MIROSLAVIA





Na maternidade, Raquel segura no colo o neto Bernardo (1) no seu primeiro dia de vida ao lado da neta Ketlin (18) e do neto Marcos (3)


DEDICAÇÃO À FAMÍLIA

A policial civil aposentada Olivia Raquel Streck, 55, confessa que ficou assustada quando soube que seria avó pela primeira vez aos 37 anos de idade, pois sua filha tinha 17 anos e estava no último ano do secundário. “Mas bastou ver aquele anjinho para esquecer todas as preocupações”, conta. Raquel tem um casal de filhos e três netos, mas em setembro a família vai aumentar. No início de setembro chega a Lívia para completar o segundo casal de netos. “Minha primeira neta, a Ketlin, sempre me chamou de Quequel, e as amigas dela também. Quando era pequena diziam para ela me chamar de vovó e ela falava: ‘A Quequel não é vovó, ela não tem ‘gurra’ (ruga)’”, brinca.



“Ser avó é como ser mãe outra vez, porém com mais tempo e sabedoria”. Raquel

 

Raquel Streck

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AVÓ DE PRIMEIRA VIAGEM

Recém-avó, a agente de viagens Mara Platte Baierle, 50, ganhou a primeira neta, a Aurora, na metade de maio, por isso ela acredita que ainda não deu tempo de exercer muito essa grandiosa missão. “Quando recebi a notícia eu não acreditei. Minha felicidade e emoção foram tão grandes que temi ser uma brincadeira”, lembra. Mara, que trabalha com turismo, tem uma rotina corrida atendendo clientes de toda a região. “Meu lazer está em viajar, mas por conta das viagens diárias não consigo participar diariamente dos cuidados da Aurora”, conta.

“Ser avó é ter um sentimento materno com mais maturidade e um amor acolhedor”, afirma Mara

 

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MÃE DUAS VEZES


Avó pela quarta vez, a cabeleireira Luciane Cristina Gonçalves Decker, 47, inaugurou o papel de “mãe arcanjo”, como ela mesma se refere, aos 35 anos de idade. “Recebi essa notícia muito feliz e emocionada”, lembra Luciane, que diz estar na “torre” sempre que alguém precisar para ajudar no que for preciso. “Minha relação com os netos é maravilhosa, costumo ver eles todos os dias, e um deles mora comigo. Compartilho momentos incríveis e sempre me surpreendem. Como dizem: ‘Ser avó é ser mãe duas vezes’”, afirma. Luciane tem uma rotina intensa de trabalho no salão Espelho Mágico, mas não deixa de fazer exercícios três vezes por semana. “Adoro viajar e passear com a minha família”, completa.

Para Luciane, ser avó é estar sempre pronta para auxiliar, brincar, dar carinho e mimar os netos.

 

“É extrair o melhor de mim”, diz Luciane Decker

 

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AMOR RENOVADO

“Ser avó é a renovação do amor, cada dia maior”. É o que diz a empresária Marilete Goltz Schoenfeldt, 47, mãe de três filhos e avó de quatro netos. Quando ganhou o primeiro neto, há seis anos, a felicidade foi muito grande para a empresária. “Minha nora me ligou para contar que eu seria avó. Logo comecei a ligar para todos da família”, lembra Marilete, que cuida dos netos sempre que seus filhos precisam. “Meus netos gêmeos Otávio e Lorenzo não posso ajudar muito, pois moram em Lajeado, mas minhas netas Valentina e Louise moram perto e sempre que precisam de mim estou pronta para ajudar”, conta. “A Louise sempre diz que somos melhores amigas. Somos uma família grande, unida e feliz”, derrete-se a vovó. Marilete tem uma rotina tranquila e trabalha em sua pousada. “Adoro viajar e amo passear”, diz.


“Amo meus netos e eles me amam. Sou uma avó que sempre está pronta pra tudo, assisto a desenhos, jogo bola, conto histórias...”, Marilete

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Marilete curtindo os netos ao lado do marido Luciano Schoenfeldt, 50



A DISTÂNCIA NÃO SEPARA O AMOR


 

 
Lucca, 6, Enzo, 4, Bernardo, 4, e Sthefany, 4 meses

Quando recebeu a notícia que seria avó pela primeira vez (aos 56 anos), a professora de Educação Física aposentada Vera Lucia Steinmetz ficou ansiosa na espera da chegada desse grande dia. Hoje, aos 62 anos, Vera é avó de quatro netos, mas lamenta que todos morem longe, estando um deles em Caxias do Sul e os outros três em Imperatriz, no Maranhão. “Procuramos encurtar essas distâncias com telefonemas diários, mandando vídeos e trocando WhatsApp. Mas sempre que há uma chance nos tocamos pra lá de mala e cuia ou eles correm pra casa da vovó e matamos a saudade”, justifica.

“Eu sempre ouvia falar que é uma bênção ter netos e hoje experimento tudo isso”. Vera


Vera Steinmetz

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PRESENTE SURPRESA


“Chorei, ri, pulei e abracei”. Assim foi a reação da diretora de vendas na empresa Mary Kay Marisa de Fatima Oliveira Deon, 57, quando soube que seria avó de Isabela, hoje com 4 meses. Ela conta que a notícia veio através de uma linda embalagem de presente onde estavam dentro dois bodies (roupas de bebê) com os dizeres “Eu amo o colinho da vovó” e “Eu amo o colinho do vovô”. “Emoção pura. Um brinde cheio de emoção coroou aquele grande momento!”, afirma.


Marisa se considera uma avó amorosa e babona



“Assumir esse posto é vibrar a cada sorriso e se deliciar a cada nova descoberta”. Marisa

 

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GABRIEL RODRIGUES
 






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