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Reportagens Edição 66 - janeiro e fevereiro/2013

Histórias de um ano feliz


Cachoeirenses contam por que terminaram 2012 com balanço positivo

 

Já é 2013 – o ano recém começou. Acabamos de fazer nossos pedidos para os meses que se seguem, comemos as 12 uvinhas, pulamos ondas...  Mas será que tudo aquilo que pedimos para 2012 se realizou? Conseguimos superar nossas metas? Alguns cachoeirenses sim, e nos contam as alegrias e vitórias do ano que passou.




Gabriela com o filho Giusepe: ela nasceu de novo e hoje é outra pessoa






“A partir de hoje, tu tens que comemorar o aniversário duas vezes por ano”. Esta foi a frase, dita por um médico, que ficou marcada na vida da depiladora e cabeleireira Gabriela Schirmer, 24. Neste ano, ela levou um grande susto, mas também pode comemorar uma vitória. Gabriela teve um aneurisma cerebral e ficou mais de um mês internada no hospital.
“Eu vinha sentindo dores fortes de cabeça, mas não dei muita importância. Até que um dia eu estava sozinha em casa com meu filho, Giusepe, 5, e piorei. Senti um estalo e um zumbido bem forte. Vomitei muito até desmaiar. Era noite e, por sorte, um amigo chegou à minha casa e percebeu que algo estava estranho. Ele me ligava e tocava a campainha e ninguém atendia, mas estranhou que a janela estava aberta e as luzes acesas. Por sorte minha, ele insistiu e conseguiu entrar. Ao se deparar comigo desmaiada, me levou ao hospital. Os médicos pensavam que podia ser estresse, crise nervosa e coisas assim. Por seis vezes eu fui e voltei ao plantão com estes sintomas, até que um médico viu que algo não estava normal e me pediu uma tomografia. Quando saí do exame, já tinha um monte de enfermeiras em volta de mim, tirando minha roupa e acessórios para me encaminhar para a UTI”, relembra.
Estava só começando o pesadelo. Gabriela tinha que ser transferida de hospital e, depois de horas de tentativas, conseguiram uma vaga em Lajeado. “Eu achei que ia morrer e as dores que eu sentia eram tão fortes que eu chegava a desejar a morte. Aí pedi para deixarem uma foto do meu filho embaixo do meu travesseiro e, toda vez que eu tinha estas dores, eu olhava a carinha linda dele e sabia que tinha que lutar. Até este dia, nunca tinha me separado dele e ficamos mais de um mês afastados, foi horrível”, conta.
Outra coisa que motivou Gabriela foi saber que sua família e vários amigos estavam aqui em Cachoeira fazendo correntes de orações para ela. “Eu vi neste momento o quanto as pessoas gostavam de mim e queriam minha recuperação. Isto também me deu muita força. Minha mãe morou um mês na recepção do hospital, sofreu muito”, observa. A cirurgia foi de alto risco e sua mãe teve que assinar um termo de que estava consciente que ela tinha apenas 2% de chances de sobreviver sem sequelas.
A cirurgia correu bem, mas a recuperação foi complicada. “Alguns dias, eu acordava e não enxergava nada. Outros dias, minhas pernas não mexiam. Houve dias em que eu não escutava. Eu achava que ia ficar com sequelas”, conta.  Passado este tempo, ela começou a melhorar, fez fisioterapia e conseguiu recuperar todos os sentidos. “Sair viva do hospital, sem sequelas, e poder enxergar de novo o rostinho do meu filho foi uma emoção impossível de explicar. Hoje sou outra pessoa. Aprendi a valorizar mais a vida. Tanta gente reclama de problemas tão pequenos porque não sabem o que é um problema sério de saúde. Ter saúde é muito importante, o resto é resto e se corre atrás”, diz.

 






ALTEMIR FERRO CORRÊA, 43, retornou a Cachoeira do Sul depois de 20 anos morando em Manaus (AM), onde tinha a vida estabilizada e um emprego onde era concursado. Com o desejo de estar mais perto da família e realizar o tão sonhado casamento com sua noiva, JOANA NICOLA, 28, ele largou tudo e veio para cá. “Já conhecia a Joana antes, mas cada um de nós tinha suas vidas. Em junho do ano passado, em uma das vindas para cá, nos reencontramos e senti que ela era a mulher da minha vida. Em outubro, a pedi em casamento e, em seguida, comprei uma casa para a gente”, conta. Altemir, que é médico e dentista, ainda está na ponte aérea, viajando a Manaus todos os meses. “Decidi que ia recomeçar minha vida aqui, mas ainda tenho compromissos profissionais em Manaus. Espero resolver tudo até o final deste mês (janeiro) e ficar definitivamente aqui”, observa. As coisas aconteceram tão rápidas para ele no ano de 2012 que ainda se surpreende: “Nos últimos seis meses, minha vida mudou muito. Quando entro na minha casa e vejo que é minha e estou em Cachoeira de novo, nem acredito”, fala o médico.


Altemir trocou Manaus por Cachoeira e encontrou a mulher da sua vida

 

 

 







Para a arquiteta e urbanista cachoeirense LUCIANE BOENO, 38, 2012 foi um ano que mudou a sua vida. Ela realizou dois grandes sonhos: voltar a morar no Brasil, já que estava morando na Argentina com seu marido, e ser mãe. “Estava com muita vontade de voltar ao meu país, até que surgiu uma oportunidade maravilhosa de trabalho e não pensamos duas vezes. Além de trabalho garantido, ia estar mais perto da minha família”, diz. O casal se mudou para Porto Alegre e, aos poucos, foi se reestruturando na cidade. Até que outra notícia muito esperada chegou. “Eis que, no final do mês de março, eu descobri que estava grávida.
Já tínhamos planejado um filho para este ano, mas a notícia me pegou de surpresa e a alegria foi tomando conta de mim de uma forma arrebatadora”, conta.
Luciane considera sua gravidez um milagre. “Mesmo eu sendo diabética (DM tipo 2), não tive enjoos, sono, dores insuportáveis, inchaços ou qualquer coisa. Por causa da doença, os cuidados foram redobrados, e isto refletiu na gravidez excelente que tive”, observa. “Eu sei que é a coisa mais natural do mundo ter um filho, mas ao mesmo tempo é um milagre. Hoje, minha vida se divide entre mamadas e troca de fraldas e estou muito emocionada. Ter o meu filho nos braços foi a melhor coisa que nos aconteceu no ano que passou”, ressalta.


Luciane voltou ao Brasil e está realizada com a maternidade





Luciana realizou o sonho de ter seu negócio

 

Outro exemplo de metas cumpridas em 2012 é a empresária LUCIANA PINTO ÁLVARES, 32. Ela sempre quis ter seu próprio negócio e conseguiu abrir sua loja em novembro do ano passado. “Eu trabalhava na área comercial e sempre tive o intuito de ter uma empresa, mas ainda não tinha decidido o ramo. Quando minha filha Maria Luisa, 1, nasceu, eu tive a certeza de que seria uma loja de roupas infantis”, diz. Luciana orgulha-se de ter conquistado este sonho e ter feito a Loja Bico Babado do jeito que queria.

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

VILMA FORTES, 62, vendedora, é um grande exemplo de que a persistência funciona e a idade não é empecilho para recomeçar. Há 30 anos, ela teve que deixar de trabalhar para cuidar dos filhos e da família. “Sempre gostei de trabalhar fora e ter contato com as pessoas, mas na época não tive opção”, conta. Ela diz que sentia muita falta do trabalho, mas nunca perdeu a esperança de um dia retornar. “Em casa, eu me sentia muito isolada e, depois que meus filhos já estavam grandes e que superei todos os problemas de saúde que tive, decidi que era hora de buscar emprego. Fui atrás e consegui. Muita gente acha que idade é empecilho, mas eu não me sinto velha, sinto vontade de ir adiante e viver muito”, ressalta. Vilma trabalha no comércio da cidade e vai guardar o ano de 2012 como um ano onde realizou dois importantes sonhos: se curar de uma doença complicada (um médico chegou a dar 24 horas de vida para ela) e voltar ao mercado de trabalho depois de 30 anos parada.


Vilma voltou ao mercado de trabalho depois de 30 anos

 

 

 

 

 

 

 







 

 

 

 

 

DIEGO DE FREITAS SCHWELM, 26, também tem mais de um motivo para dizer que o ano que passou foi especial. “Realizei o sonho de me formar em Medicina Veterinária, que foi feita na Urcamp, em Bagé, e tive a oportunidade de comemorar minha formatura com familiares e amigos, onde também aproveitei o momento para pedir minha namorada, DANIELE MARTINS, 28, em casamento”, conta Diego.


Diego e Daniele: casamento à vista para 2013

 

 

 

 

 

 

 

 




 

O ano de 2012 para o casal DANIELA FONSECA TREVISAN, 30, enfermeira, e MATIAS TREVISAN, 30, médico, foi mais que especial e sempre será recordado com carinho. Profissionalmente, eles cumpriram metas e, na vida a dois, tiveram uma grande alegria. O tão sonhado bebê está a caminho. Em dezembro, Matias terminou a residência em anestesiologia e Daniela está quase completando sua pós-graduação em Oncologia. “Para fechar este ano com chave de ouro, veio minha primeira gestação, que já era esperada, mas sem pressa, pois queríamos estar organizados, e aconteceu do jeito que esperávamos”, diz a futura mamãe. Daniela conta que sua rotina mudou muito e teve que diminuir o ritmo de trabalho, mas a felicidade pela chegada do filho compensa qualquer esforço. “Eu e o Matias nos preparamos 12 anos para isso acontecer. Sem dúvida, é uma fase cheia de amor que está chegando em nossas vidas”, diz.


Matias e Daniela:
esperando a vinda do primeiro filho



 






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