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Reportagens Edição 55 - janeiro/fevereiro de 2012

Xeque-mate do amor


Três casais contam o que mudariam no parceiro

Independente do tempo que estão juntos e de como é a relação do casal, sempre tem uma coisa ou outra que gostariam de mudar no companheiro. Seja na aparência ou no modo de agir, o desejo de mudança existe. E verdade seja dita: homens e mulheres têm estratégias para deixar o parceiro ainda mais próximo do que julgam ser o ideal.
Tudo por que com a convivência as pequenas coisas do dia a dia acabam incomodando. A toalha jogada pela casa ou a tampa do vaso sanitário aberta podem tirar qualquer mulher do sério. Já o ciúme excessivo ou a falta de organização em casa podem levar um homem à loucura. Mas existem pessoas que vão além e desejam moldar o parceiro ao seu modo. “Uma coisa é fato: ninguém muda ninguém. A pessoa só muda, se ela quiser. O parceiro pode reclamar, mas se aquilo não for relevante para a pessoa, ela não vai mudar”, afirma a psicóloga Marcele Tonet, 32, sendo 10 de profissão. Esse desejo de mudança é percebido muito mais nas mulheres. “Isso faz parte da mulher. Ela sempre vai buscar algo que a complete” explica a psicóloga.
“Queria muito que ele falasse mais baixo. Ele grita falando ao telefone”, reclama a pedagoga Ione Rosa, 42, quando questionada sobre o que gostaria de mudar no marido, o administrador Daniel Choairi, 45. Ele por sua vez gostaria que os sintomas da TPM dela fossem amenizados. “Quando ela está naqueles dias, sai de perto”, conta, aos risos. O casal se define como festeiro e garante que os gostos parecidos ajudam a evitar conflitos. “No início discutíamos porque não aceitávamos algumas  manias e defeitos um do outro. Hoje entendemos que não somos perfeitos”, completam. Juntos há nove anos, eles falam que para levar uma relação tranquila é necessário ter companheirismo, diálogo e claro, amor. “Com isso não tem problema que atrapalhe”, conclui o casal.


Daniel e Ione: o tom de voz alto quando ele fala ao telefone incomoda Ione, que está tentando tirar essa mania do marido




Os companheiros

Em sete anos de vida em comum, a psicóloga Etiele Roso Cassol, 30, desenvolveu algumas técnicas para conseguir o que quer do marido, o empresário Rafael Cassol, 33. “Minha estratégia é sempre falar o que quero quando ele está calmo e tranquilo. Sei a hora certa de falar e quais palavras usar”, conta. Cada um tem seu espaço, suas atividades, como o futebol dele e o chimarrão dela com as amigas. “Isso faz parte e mantém a saúde do relacionamento”, ressaltam. Mas se for para mudar algo um no outro, o que mudariam? “A teimosia, porque ela é muito teimosa. Às vezes está errada e não admite! Até ver que não tinha razão, aí volta atrás e pede desculpas”, conta Rafael. Já Etiele gostaria que o marido fosse às compras. “Ele não compra uma peça de roupa. Tenho que ir às lojas, pegar os produtos no condicional para ele experimentar. Faço com amor porque ele merece, mas é cansativo”, completa Etiele.


“Quando um não gosta de algum comportamento do outro, sempre falamos”, Etiele e Rafael



Ponto pra ela
. Ela conseguiu ao longo do relacionamento que o marido aprendesse a pedir desculpas. Isso a incomodava e hoje ele pode até demorar, mas o pedido de desculpa sempre aparece.
. Além disso, ele que sempre foi muito caseiro está se rendendo mais à vida social. “Adoro sair para jantar, passear e encontrar os amigos, já ele é mais caseiro, mesmo assim está conseguindo participar mais depois que consegui mostrar que a vida social é importante para o casal”, conta Etiele.
 

Ponto pra ele
. Segundo o Rafael, a Etiele tinha alguns valores distorcidos. Se preocupava muito com a opinião das pessoas e com assuntos que não tinham importância. Ele conseguiu mostrar para ela quais os valores que são fundamentais na vida do casal, como pensar na família em primeiro lugar e cultivar os verdadeiros amigos. 
. Outra coisa que ele conseguiu foi convencer a esposa a ir trabalhar com ele. Aos poucos ele mostrou que trabalhando juntos e lutando pelos mesmos ideais ela poderia se sentir realizada profissionalmente.  Ao lado do marido, hoje ela atua como auxiliar administrativo na Cassol Agrícola.



Um casal em sintonia

Juntos há 12 anos, o advogado Ronaldo Cella, 40, e a corretora de imóveis, Cleíze Cella, 36, demoraram alguns instantes até pensar em alguma coisa que um gostaria de mudar no outro. “Somos muito parceiros, temos uma sintonia incrível”, conta o casal, que se entende através do olhar. “Na nossa relação é tudo muito claro, eu não faço rodeios, digo o que quero e se a nossa vontade não for a mesma, entramos num consenso”, conta Cleíze. Ronaldo é muito organizado e gostaria que a esposa também fosse. “Não entendo como ela consegue lembrar de todos os compromissos da casa sem anotar. Gostaria que ela tivesse uma agenda pessoal para conseguir se programar melhor”, conta o advogado, que sem sua agenda esquece de tudo. Já Cleíze afirma que gostaria de contar mais com a compreensão do marido quanto à bagunça que os filhos fazem pela casa.


Cleíze e Ronaldo: sinceridade do casal evita brigas no relacionamento



Ponto pra ela
. O Ronaldo sempre foi a mil. Para ele trabalhar 12 ou 13 horas por dia era normal e isso incomodava muito Cleíze, que sentia falta da presença dele. Ela conseguiu frear o marido, que hoje procura passar mais tempo com a família.
 
Ponto pra ele
. Cleíze não realizava atividade física e Ronaldo não gostava. De tanto insistir, ele conseguiu que ela se dedicasse à prática de exercícios.








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