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Bela & Saudável Edição 107 - outubro de 2016

De mal com o leite


Intolerantes à lactose podem driblar os sintomas com pequenas alterações no cardápio

Já não é raro encontrar pessoas com intolerância à lactose. O que é raro é encontrar lugares com variedade de produtos para quem não pode com o leite. Poucos estabelecimentos identificam nos cardápios e nas vitrinas os alimentos que não contêm lactose. E quando identificam, principalmente falando em doces e sorvetes, é um ou outro.
LINDA conversou com a nutricionista Gladis Monia Seefeld, 41, sendo 17 anos de profissão, para entender mais sobre isso.


“Comer de tudo um pouco é a melhor maneira de manter o suporte de nutrientes necessários para a saúde e bem-estar do organismo”. Gladis Seefeld




O que significa intolerância à lactose?

É a incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados. Isso acontece porque o organismo não consegue produzir ou produz em quantidade insuficiente uma enzima digestiva chamada lactase. Ela quebra e decompõe a lactose, ou seja, o açúcar do leite. Este distúrbio manifesta-se na forma de uma má absorção deste açúcar, podendo causar grande desconforto abdominal e diarreia.

Por que isso acontece?

Pesquisas mostram que 70% dos brasileiros apresentam algum grau de intolerância à lactose, podendo ser leve, moderado ou grave, conforme o tipo de deficiência apresentada.



DICAS IMPORTANTES


. É importante ler os rótulos dos alimentos para saber se têm lactose. Dos medicamentos também, pois vários incluem lactose em sua formulação

. Leites de soja, de aveia e de arroz não contêm lactose

. Verduras de folhas verdes, como brócolis, couves, agrião e espinafre, assim como feijão, ervilha, tofu, salmão, sardinha, amêndoas, nozes, gergelim, certos temperos (manjericão, alecrim, orégano, salsa) e ovos também são fontes de cálcio

Fonte: Gladis Seefeld



TIPOS:


INTOLERÂNCIA A LACTOSE CONGÊNITA - A criança nasce sem condições de produzir a enzima lactase. É um dos tipos mais raros e grave.

DEFICIÊNCIA PRIMÁRIA - Diminuição natural e progressiva na produção de lactase ao longo da vida. É a forma mais comum.

DEFICIÊNCIA SECUNDÁRIA - A produção de lactase é afetada por doenças intestinais, como diarreias, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn e doença celíaca, ou alergia a proteína do leite, por exemplo. Nesses casos, a intolerância pode ser temporária e desaparecer com o controle da doença de base.


SINTOMAS
Após a ingestão de leite e outros produtos lácteos, devido à deficiência da enzima responsável pela hidrólise da lactose - a lactase -, sua absorção fica prejudicada, pois essa substância chega ao intestino grosso inalterada. Ali ela se acumula e é fermentada por bactérias que fabricam ácido lático e gases e promovem maior retenção de água e o aparecimento de diarreia e cólicas, entre outros sintomas. Os sintomas mais frequentes são distensão abdominal, flatulência, cólicas, náuseas e diarreia.

TEM CURA?
A primeira coisa é identificar qual é o tipo de deficiência e suspender a ingestão de leite e derivados a fim de promover o alívio dos sintomas. Depois, esses alimentos devem ser reintroduzidos aos poucos na dieta até identificar a quantidade máxima que o organismo suporta. Outras opções são alimentos com baixo teor de lactose ou suplementos de lactase, que também são úteis para manter um aporte de cálcio na dieta, nutriente que, junto com a vitamina D, é indispensável para a formação de massa óssea saudável.
 






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