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Reportagens EDIÇÃO 47 - MAIO 2011

Do tempo do Ariri Pistola


Quais são suas melhores lembranças dos anos 80 e 90?

As décadas de 80 e 90 passaram e muita coisa ficou perdida no tempo para dar lugar a novas tecnologias, como o mimeógrafo, máquina de escrever e orelhões com suas fichas de metal. Outras simplesmente porque perderam a graça diante de concorrentes mais modernos, como o videogame Atari e o tênis Kichute. Entretanto, essa época marcou tanto que ainda está quente na memória, apesar de boa parte de sua identidade ter ficado lá atrás, junto com as folhas do calendário. Quem passou da casa dos 30 anos sabe bem do que estamos falando e mesmo quem não chegou lá ainda pode recordar alguns ícones dessa fase.
Para o jornalista José Ricardo Gaspar do Nascimento, 44 anos de idade, 23 de profissão, os anos 90 trouxeram o desenvolvimento tecnológico mais rápido da história, tornando popular e aperfeiçoando tecnologias inventadas na década de 80, por isso se tornaram tão relevantes na memória. “Diferente do passado anterior à década de 80, que também foi marcado por mudanças, tudo aconteceu numa velocidade muito rápida”, observa. Prova disso são os computadores. Eles foram aos poucos tomando o espaço das barulhentas máquinas de escrever e hoje já se tornaram indispensá-veis. Quem acompanhou a entrada deles no cotidiano doméstico e empresarial lembra bem dos monitores enormes de cor amarelada que nem de longe parecem com as telas cada vez mais compactas que vemos por todos os lados, em casa, nas lojas, restaurantes e até postos de combustível.
Por falar em transformação, como não lembrar dos primeiros celulares que surgiram lá no início da década de 90? Hoje, os antigos símbolos de ostentação, aguardam para virar peça de museu. Quem foi dono dos aparelhos tijolões e monocromáticos pode até ficar surpreso só em saber que já existem celulares resistentes à água e até a quedas e arranhões. Tudo em nome da modernidade que também tomou o espaço dos postos telefônicos, muito requisitados até meados de 90 quando ter uma linha em casa era artigo de luxo.
COMPORTAMENTO – “Os anos 80 e 90 deixaram muitas lembranças porque o que estávamos acostumados há anos em nossas vidas, de repente saiu de cena para dar lugar a novas tecnologias, novos materiais e até novos sabores. Tantas mudanças e em tamanha velocidade consequentemente refletiram no comportamento, hábitos e cultura”, diz a pesquisadora Mirian Ritzel, 50, 24 anos de profissão. “Brincadeiras como pega-pega, estátua e pique-esconde foram a diversão dessas décadas e hoje estão quase esquecidas. Agora o divertido é brincar com a tecnologia. Brincar com os amigos na rua é quase coisa do passado”, lembra Mirian. Até as agendas, cheias de papel de bala, fotos e palitos de sorvete colados, ficaram lá atrás para dar lugar aos blogs e fotologs. “Tudo com o aval de quem deseja modernidade, mesmo que para isso as boas coisas fiquem só na memória”, ressalta Mirian.
Para os baixinhos do “Xou da Xuxa”, os fãs de Thumdercats e He-man, quem cantou “Vou de táxi”, com Angélica, sonhou em um dia participar do programa “Porta da esperança”, fica a saudade dos anos 80 e 90, já quase abafada pela expectativa do que mais ainda tem para inventar. E você já tem nostalgia dessas décadas?


Recordar é viver
Que tal viajar um pouco no tempo e voltar às décadas de 80 e 90?




“As bandas TNT e Casca-velletes marcaram muito a minha vida na década de 80, tanto que conheci os integrantes das bandas pessoalmente. Com certeza, essa época deixou muita saudade”.
Alex da Rosa Nascente, 36, gerente comercial.










“Nunca vou esquecer da pulseira de mola. Era uma diversão só e ainda dava para usar como um acessório”.
Sabrina Bordignon, 31, consultora de moda.
 

















“Eu adorava assistir o Xou da Xuxa, inclusive fui assistir a gravação de um programa no Rio de Janeiro. Fui uma verdadeira baixinha da Xuxa”.
Alessandra Anversa, 36, empresária.



















“Ah, minha grande lembrança são os tênis da marca Kichute. Na minha escola era só o que os meninos usavam”.
Lailton de Franceschi, 34, gerente de farmácia.

















“Minha lembrança são os biquínis asa-delta, quem não usava estava fora de moda”.
Lisane Ferraz, 35, técnica de enfermagem.



















“Eu gostava muito de assistir o Programa do Chacrinha, principalmente o quadro dos cantores. Foi quando conheci o cantor Fábio Jr. de quem sou fã até hoje”. 
Catiane Mota, 30, vendedora.

















“O que mais me marcou nos anos 90 foram os álbuns de figurinhas da Copa do Mundo de 94. Era uma emoção conseguir completá-los”.
Fábio da Silva, 29, gerente comercial.

















“Eu gostava muito da banda A-há. Era ícone da época e só o que se falava na minha turma de amigos. Hoje está meio esquecida por muitos, mas lembro bem das músicas que tanto curti na adolescência”.
Mayte Fortes, 41, professora de Educação Física.
















“O que eu mais gostava de brincar e tenho guardado até hoje são os bonecos do Comandos em Ação. Quanto a brinquedos, são minha melhor recordação de infância”.
Ricardo Machado, 27, fisioterapeuta.

















“O que mais eu gostava de fazer era brincar na rua. Naquela época tínhamos mais liberdade, mais segurança e menos aparelhos eletrônicos em casa. Só brincava em casa quando chovia jogando o War”.
Dagner Fardin, 28, fisioterapeuta.



















Mais ícones das décadas de 80 e 90: calça baggy, Aquaplay, chocolate Lollo, TV Pirata, coleção de papel de carta, ioio, palavra elástico, bala soft e Walkman. Complete sua lista.














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