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Reportagens EDIÇÃO 15 - JULHO 2008

Relação de amor sem limites


Avós são cada vez mais responsáveis pela formação dos netos, por isso é preciso ter cuidados no relacionamento

 

Ficar na casa dos avós geralmente é sinônimo de diversão. É comer pipoca e bolo de chocolate, brincar no tapete da sala, ter a comida preferida na hora da refeição e ouvir muitas histórias. Mas não é apenas nas brincadeiras e na fuga da rotina que o papel deles deve ser desempenhado, os avós também podem ser conselheiros e educadores, especialmente se eles forem os responsáveis pelo cuidado do neto em algum período do dia. A mudança nos costumes familiares torna essa situação cada vez mais comum. A filha ou filho sai para trabalhar e como os avós já estão aposentados, ficam encarregados dos cuidados de seus netos, cabendo a eles não só o carinho, mas também a orientação das crianças.


 

Bernardino e Ester com o neto Gabriel: carinho e limites ao mesmo tempo

 


Passar as tardes inteiras aos cuidados dos avós Bernardino, 71, e Ester Campos, 67, é a rotina do pequeno Gabriel Campos Cardoso, sete anos. Filho único da auxiliar administrativa Geila, 33 anos, Gabriel estuda durante a manhã na primeira série do ensino fundamental no Instituto João Neves da Fontoura e logo que chega já fica com os avós, só voltando para casa ao final do expediente de trabalho da mãe.
“Cuidamos dele desde que nasceu, é claro que mimamos, mas por sermos responsáveis em parte por sua educação também impomos limites”, ressalta a avó. De acordo com a psicóloga recém-formada Aline Badch Rosa, 22, não importa se os encontros são diários ou eventuais, há sempre uma relação muito especial entre avós e netos que produz muita cumplicidade entre eles.
Por esse motivo, Aline ressalta a importância dos avós participarem da rotina de seus netos, mas sempre com cautela. “Em geral os avós possuem mais tempo, paciência e disposição para ficar com os netos e acompanhá-los em sua rotina diária. Além disso, os avós de hoje também conseguem compreender os adolescentes e são capazes de guardar seus segredos, suas aventuras e confidências amorosas, oferecem uma escuta e uma orientação que muitas vezes são negadas pelos pais”, observa. Entretanto, Aline alerta que nessa relação de carinho, o que não pode acontecer é dos netos confundirem os papéis de pais e o de avós. “Primeiramente, a responsabilidade principal sobre a educação e formação dos filhos recai sobre os pais. É sua tarefa planejar as principais práticas educativas, os hábitos e os valores humanos que deseja lhe transmitir’ comenta Aline. “É importante que os filhos respeitem a casa e os costumes de seus pais, assim como os avós tenham clara consciência do respeito à nova família do filho.  Se conseguirem manter essa relação, haverá mais acertos do que erros na educação das crianças”, completa.



 

Crescer ao lado dos avós faz bem


Recentemente a Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, publicou o resultado de uma pesquisa com 1,5 mil crianças e adolescentes de 11 a 16 anos. Os estudiosos observaram que as crianças que tiveram os avós por perto cresceram mais felizes. Principalmente nos dias de hoje, quando os pais têm uma rotina atribulada, a proximidade é ainda mais benéfica e necessária.







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