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Reportagens Edição 118 - outubro de 2017

Enquete


No dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor, data em que se homenageia uma das mais importantes – senão a mais importante – profissões da sociedade no mundo atual, afinal, esses profissionais são responsáveis pelo desenvolvimento da educação e do conhecimento no país. Contudo, não são poucas as dificuldades encontradas no dia a dia da profissão. Pensando nisso, convidamos quatro professoras para responder a questões pertinentes na atualidade:

1) Como é manter a disciplina e o respeito dos alunos?
2) Uso do celular em sala de aula – proibir ou não? Veja o que elas disseram!


ROSANE PEDROSO DE OLIVEIRA, 53, pedagoga especialista em supervisão escolar aposentada, sendo 13 anos de atuação como professora de educação infantil

1) “A falta de limites é um desafio cada vez maior, havendo uma grande inversão de valores, que dificulta o trabalho do professor. A indisciplina é gerada a partir dessa situação, tornando difícil o desenvolvimento da verdadeira função do professor, que é escolarizar, e não exercer papéis que dizem respeito à educação que vem de casa. Acredito que sou desrespeitada quando tento estabelecer uma parceria com a família e não tenho um retorno positivo frente a isso”.

 2) “O celular só atrapalha, pois trabalho com crianças pequenas e acredito que na escola elas necessitam vivenciar diferentes experiências lúdicas e significativas”.



KYRIA MARTINS DA ROSA DE MEDEIROS, 46, professora de inglês em cursos de idiomas há 23 anos e professora de
Língua Portuguesa e Literatura na rede pública há 17 anos


1) “Não é fácil manter a disciplina em sala de aula porque muitos alunos estão vindo para a escola sem a orientação familiar acerca das regras básicas de convivência: a gentileza, o ‘obrigado’, ‘por favor’, ‘desculpe’, não fazer ao outro o que não gostaria que lhe fizessem. Em tempos de bullying, é fundamental exercitar a tolerância e o respeito às diferenças. Procuro trabalhar textos que levem à reflexão e ao debate sobre estes temas. O diálogo é sempre a melhor saída”.

2) “Proibir o uso do celular não é solução, pois ele é uma ferramenta natural de comunicação. Estamos vivendo num mundo extremamente conectado e este processo já é irreversível. Precisamos negociar o seu uso, encontrar estratégias para usá-lo pedagogicamente, pois estamos preparando nossos estudantes para o futuro e não para o passado”.



MARTA HELENA GALL GOFAS, 54, professora formada em Educação Física, pós-graduada em psicomotricidade, atualmente diretora da E.E.E.M. Antonio Vicente da Fontoura, sendo 34 anos de atuação

1) “A experiência nos prova que o aluno respeita o professor que sabe seu conteúdo, que ensina e se importa com ele. Por isso a formação permanente! Nossos alunos precisam de atenção. Ao mesmo tempo em que o professor é amigo, ele tem que ser firme em cobrar atitudes positivas e mudanças de comportamento nos alunos, caso contrário, o espaço da sala de aula se torna ineficaz para a aprendizagem. Esse é um grande desafio! Ao trabalharmos com seres humanos estamos expostos a diversas reações temperamentais que variam de euforia a raiva. Por isso a importância de estarmos preparados para lidar com os conflitos e trabalhar uma cultura de paz”.

2) “O celular é um recurso que pode ser utilizado em sala de aula em prol da aprendizagem, desde que com a permissão do professor e sua orientação e supervisão. O uso das tecnologias, sempre que utilizadas com planejamento, moderação e intervenção do professor, torna-se um valioso instrumento de aprendizagem”.



IVONETE AMADOR, 49, mestre em educação matemática e ensino de física (UFSM), professora estadual de Matemática com 22 anos de atuação e professora mediadora do Mediotec pelo Instituto Federal Farroupilha no Cead/Cachoeira do Sul

1) “Disciplina se consegue através do respeito. Trato meus alunos com muito respeito, isto é, estou ali na posição de professora, mas não sou superior a eles, sou muito clara e objetiva em minhas posições, tento respeitar a individualidade de cada um. Não é fácil, exige muita atenção e amorosidade por parte do professor, mas quando se consegue adquirimos bons alunos. Eles confiam no professor para aprender, e tudo se torna mais fácil”.

2) “Não permito o uso do celular em sala de aula, inclusive recolho e deixo em uma mesa em frente ao quadro durante as aulas juntamente com o meu, educamos pelo exemplo. Nosso aluno não tem maturidade para estar com o celular em aula (nós adultos, muitas vezes também não), acaba sempre perdendo o foco e entrando nas redes sociais. Quando necessário, deixo utilizar para uma pesquisa, mas é raro o momento em sala de aula. As tecnologias nos ajudam, mas algumas vezes atrapalham quando não temos controle sobre elas”.
 






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