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Reportagens Edição 104 - julho de 2016

Homens na cozinha


Eles cozinham, elas aprovam

Aquele ditado de que “lugar de mulher é na cozinha” já está ultrapassado. Hoje os tempos são outros. As mulheres não se sentem nem um pouco incomodadas em deixar a cozinha no comando deles. É o caso do empresário Rogerio Belloc Ramos, 44, casado há 15 anos com a defensora pública Lucianne Barreto Bortowski, 42, com quem tem dois filhos, o estudante Arthur, 14, e Marina, 4. Rogerio comandou um restaurante italiano, enquanto Lucianne nunca despertou seu gosto pela cozinha e prefere ficar longe do fogão.


Rogerio aprendeu a cozinhar com o chef de cozinha de um restaurante de Covent Garden, em Londres, e cursou por três anos a Escola de Artes Culinárias do Instituto Westminster, na mesma cidade, no final da década de 90. Sua especialidade é a culinária italiana, mas também prepara com maestria pratos indianos e outros rebuscados, como, por exemplo, uma feijoada de frutos do mar, muito elogiada pela esposa. Rogerio faz questão de comprar todos os ingredientes e, segundo Lucianne, esse talento do marido aproxima os familiares. “Ele cozinha todos os dias e nunca repete o cardápio, sempre inova”, conta.

Falando nisso, Lucianne conta que uma vez seu marido deixou uma panela de feijão cozinhando sob seus cuidados e pediu para ela desligar o fogão em 20 minutos. Resultado: Lucianne esqueceu a panela e quase colocou fogo na casa. “Já tinha se passado uma hora e a casa se encheu de fumaça”, lembra o susto. No entanto, ela se diverte com a situação. “Não sei e nem gosto de cozinhar. Nunca tive esse prazer, desde pequena. Só faço bolos, cuca de banana e sobremesas”, justifica. No entanto, Rogerio defende: “Minha esposa prefere não interferir na cozinha, mas faz uma cuca que já foi até página da LINDA”, diz.



Para o casal, cada um faz o que sabe fazer de melhor. Neste caso, Rogerio cozinha, Lucianne e os filhos apreciam





CURIOSIDADES


. 46% dos maridos afirmaram dividir os cuidados da casa e da família com as esposas, de acordo com o estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE.

. Uma pesquisa desenvolvida pelo canal de TV britânico Good Food aponta que mais da metade das mulheres admite que o marido cozinha melhor.



MESTRE NA COZINHA

O militar João Alberto Lopes Silveira, 47, se aventurava na cozinha desde os 12 anos de idade, mas passou a cozinhar quase que diariamente após seu casamento com a bancária Cleide Santos Silveira, 43. Para o casal, esta é uma divisão de tarefas por afinidade. Casada há 23 anos, Cleide se considera “apenas uma turista na cozinha”, já que, para ela, seu marido cozinha muito bem. “Quando éramos noivos a Cleide foi fazer um suflê de cenoura e acabou salgando o prato, que não foi possível comer. A partir deste dia decidimos que o cozinheiro do casal seria eu (risos)”, lembra João.

João prepara um prato de peixe assado recheado para a esposa Cleide e a filha Ingrid dos Santos Silveira, 18



DIVIDIR PARA SOMAR

João gosta da culinária campeira, mas também curte fazer pratos diferenciados usando peixes, tais como moqueca e salmão ao molho quatro queijos, além de lasanhas e pizzas de vários sabores com massas caseiras preparadas por ele mesmo, o que considera a sua especialidade.





COZINHANDO DESDE CRIANÇA

O gerente de serviço de oficina Guilherme Froes, 33, cozinha desde os oito anos de idade, quando a avó ia para a roça. Hoje, casado há 13 anos com a auxiliar de atendimento Viviana de Franceschi Santos, 35, a situação não é diferente.
Suas especialidades são vaca atolada, carreteiro e o tradicional churrasco. “São meus pratos favoritos”, conta. Quanto aos pratos rebuscados, Guilherme não vê dificuldade em prepará-los. “O segredo é combinar os temperos”, ensina. Já a sua esposa não se declara muito fã da cozinha. “Faço minhas comidinhas”, diz aos risos.
O casal leva uma rotina agitada e afirma que a divisão de tarefas facilita o dia a dia. “Tem que se ajudar”, reconhecem. Mas nem o melhor dos cozinheiros está livre de cometer alguns deslizes. Na época em que serviu ao Exército, Guilherme lembra que em uma missão os soldados tinham que armazenar os mantimentos em potes. “Neste caso, os potes de sal e açúcar eram iguais. Dá pra imaginar o ocorrido”, lembra a trapalhada.

A filha Vitória de Franceschi Froes (à frente), 11, e a esposa Viviana degustam um prato de vaca atolada preparado por Guilherme



FICA A DICA

O blog Cuecas na Cozinha (www.cuecasnacozinha.com.br),do escritor e palestrante Alessander Guerra, tem várias dicas gastronômicas para os homens que cozinham.


GABRIEL RODRIGUES

 






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