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Reportagens Edição 80 - maio de 2014

Só mais uma dose!


Jovens estão bebendo cada vez mais, o que os expõem a vários perigos

 

A cena é comum, porém sempre choca. Numa balada, onde o único objetivo deveria ser a diversão, jovens bebem além da conta, muitas vezes até cair. Uma situação que os expõem a grandes riscos. De acordo com a médica psiquiatra Fernanda Scarparo Boeck, 42, sendo 18 anos de profissão, acordar com dor de cabeça e mal-humorado não é a pior parte depois de uma noite regada a bebida alcoólica.

Enquanto bebem, os jovens estão suscetíveis a alterações de comportamento, violência, acidentes de trânsito, exposição moral, agressividade, comportamento sexual de risco e, em casos mais graves, tentativa de suicídio. “A bebida em excesso prejudica mais os adolescentes do que os adultos porque o cérebro ainda está em desenvolvimento, o que ocorre até os 19 anos de idade. Afeta a memória e o desenvolvimento escolar e acadêmico”, ressalta Fernanda.

COMPORTAMENTO DE RISCO –
São muitos os motivos que levam os jovens a cometerem estes exageros. De acordo com a psicóloga Liana Melchiors, 29, sendo seis de profissão, as razões estão fortemente ligadas à fase de descobertas e experimentação que se vivencia na adolescência. “A influência do grupo de amigos faz com que o jovem busque no álcool a identificação e a afirmação com esta nova identidade”, observa a psicóloga.

Outros motivos também podem desencadear este consumo excessivo. Segundo Liana, o álcool serve, para alguns jovens, como ferramenta para desinibição e relaxamento, fazendo com que ele se sinta mais à vontade nas baladas e aceito pelo grupo de amigos. “O álcool também pode servir como fuga de problemas na família, na escola e de relacionamento”, conclui Liana.



A EDUCAÇÃO COMEÇA EM CASA

Estamos constantemente expostos à mídia que veicula o álcool como algo jovem e divertido, através de suas propagandas com mulheres bonitas e pessoas famosas e bem-sucedidas. Mas não é só aí que ele chama a atenção. “A exposição ao álcool também está na própria família, portanto, é fundamental que desde cedo exista diálogo sobre o assunto”, fala Liana.
Por ser uma droga ilícita, a preocupação com o álcool acaba sendo negligenciada pelos pais, segundo a psicóloga. “Eles acreditam que têm o controle da situação e permitem o uso precoce da bebida pelos seus filhos”, diz. O primeiro passo a ser dado, segundo Liana, é uma conversa franca sobre os malefícios causados pelo excesso de álcool no organismo e as consequências que isso pode trazer.

EFEITOS DE UMA INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA AGUDA

Segundo a psiquiatra Fernanda, podem ocorrer alterações psíquicas e físicas. Os estágios variam de embriaguez leve à anestesia, coma, depressão respiratória e, mais raramente, morte.







Antes de beber além da conta na balada, pense:


Mesmo que você não dirija, corre o risco de pegar carona com alguém que esteja embriagado;

Tanto guris quanto gurias perdem a capacidade de tomar decisões conscientes e podem fazer sexo sem camisinha, correndo o risco de contrair doenças graves;

Você está mais suscetível a se meter em brigas e confusões;

Além de você acabar com a sua festa, vai prejudicar a noite de quem estiver te acompanhado.
 






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